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Britânica que aderiu ao EI e quer voltar para casa pode perder cidadania

Jovem de 19 anos teve um bebê em um campo de refugiados e pediu 'compaixão' para retornar ao país; cabe apelação para a medida de despojar sua nacionalidade

Por Da Redação Atualizado em 20 fev 2019, 02h19 - Publicado em 20 fev 2019, 02h16
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  • A jovem britânica Shamina Begum, que se juntou ao grupo jihadista Estado Islâmico, na Síria, e recentemente pediu “compaixão” para retornar legalmente ao Reino Unido, pode perder sua cidadania no país europeu. A informação foi divulgada pelo advogado Tasnime Akunjee, que representa a garota, de 19 anos. No último final de semana, ele deu à luz um bebê em um campo de refugiados na Síria. 

    “A família está muito decepcionada pela intenção do Ministério do Interior de dar a ordem de despojar Shamima de sua nacionalidade. Estamos examinando todas as vias legais para questionar esta decisão”, declarou Akunjee. 

    De acordo com a imprensa britânica, o Ministério do Interior enviou uma carta à mãe da jovem, informando sobre o decreto do ministro do Interior, Sajid Javid, de retirar sua nacionalidade britânica. A carta ressalta que há a possibilidade de apelar. 

    Begum se uniu ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria em 2015 e hoje vive em um campo de refugiados naquele país, onde deu à luz um bebê no último final de semana.

    Seu caso ilustra o dilema enfrentado por vários governos europeus, divididos entre proibir o retorno de seus cidadãos extremistas por questões de segurança ou permitir que retornem para julgamento.

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    “Acabei de dar à luz, então estou realmente cansada”, afirmou Shamima Begum à emissora Sky News. Este é o terceiro filho da jovem de 19 anos de Londres a nascer na Síria. Os dois primeiros bebês morreram de doenças e desnutrição.

    Shamima Begum expressou sua intenção de retornar ao Reino Unido. “Após a morte do meu (outro) filho, percebi que é necessário que eu saia, por causa dos meus filhos”. Ela disse que teme que seu recém-nascido “morra no acampamento” dos refugiados de Al Hol no nordeste da Síria, onde ela está atualmente.

    “Eu acho que as pessoas deveriam ter compaixão por mim, por tudo que eu experimentei”, disse a jovem. “Eu não sabia no que estava me metendo quando saí”.

    (Com AFP)

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