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Reino Unido vai proibir cães American Bully até final do ano

Autoridades afirmam que raça "é um perigo para nossas comunidades" depois de série de ataques no país

Por Da Redação
15 set 2023, 16h11

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que a maior variante da raça de cães American Bully XL vai ser banida do Reino Unido até o final do ano. A decisão foi anunciada depois que um homem foi morto em um ataque na última quinta-feira, 14.

O anúncio também ocorre menos de uma semana depois de outro ataque do cão da raça a uma menina de 11 anos que caminhava para fazer compras com sua irmã na cidade inglesa de Birmingham. Ao anunciar o plano, Sunak disse que “compartilha o horror da nação” em relação a uma série de graves ataques de cães.

“Está claro que não se trata de um punhado de cães mal treinados, é um padrão de comportamento e não pode continuar”, disse Sunak.

Primeiramente, Sunak pediu para que especialistas definam os American Bully XL, o que vai ser o primeiro passo para o banimento completo dos animais. Foram levantadas preocupações de que a proibição da raça seria difícil de implementar devido ao fato de não ser oficialmente reconhecida pelo Royal Kennel Club por suas semelhanças com outras raças. Ela foi criada originalmente criada a partir do cruzamento de American Pit Bull Terriers e American Staffordshire Terriers e apareceu pela primeira vez no Reino Unido por volta de 2014, mas os números cresceram rapidamente nos últimos anos.

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Várias instituições britânicas de caridade para o bem-estar animal criticaram a decisão do primeiro-ministro e afirmaram que proibir raças específicas de cães não é a solução. Em uma declaração conjunta, eles culparam a “criação e posse irresponsáveis” e disseram que o governo deveria se concentrar em “regulamentações de controle de cães e na promoção da posse e treinamento responsável de cães”.

“O governo do Reino Unido deve abordar a raiz do problema, lidando com os criadores inescrupulosos, que colocam o lucro acima do bem-estar, e com os proprietários irresponsáveis, cujos cães estão perigosamente fora de controlo”, disseram as associações.

No incidente da quinta-feira, um homem foi morto na Inglaterra central em um ataque do cão e a polícia informou que um homem foi preso sob suspeita de homicídio culposo. De acordo com o grupo de campanha Bully Watch, que defende a proibição da venda e criação da raça American Bully, eles foram responsáveis por mais da metade de todos os ataques fatais de cães na Grã-Bretanha no ano passado.

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Nossa pesquisa mostra que esses cães são uma ameaça clara e presente à saúde pública e são significativamente mais perigosos do que outros cães”, disseram eles. 

A proibição permitiria à polícia tomar medidas contra cães perigosos. Os proprietários de uma raça proibida que não seja considerada perigosa para o público podem receber um certificado de isenção que lhes permite manter o cão sob condições estritas, como garantir que o animal seja castrado, microchipado e sempre mantido com focinheira quando em público.

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