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Relatório mostra possível construção de silos de mísseis na China

Estudo publicado afirma que a China está construindo mais de 100 novos silos de mísseis no deserto

Por Duda Gomes Atualizado em 5 jul 2021, 20h02 - Publicado em 5 jul 2021, 18h55

Imagens comerciais de satélite obtidas por pesquisadores norte-americanos mostram uma possível construção de silos de mísseis em andamento, na cidade de Yumen, na China. O local se assemelharia a instalações de lançamento de mísseis balísticos com armas nucleares. O relatório aumentou as especulações de que o país tenta expandir seu armamento nuclear.

Os mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), que poderiam estar sendo abrigados nesses silos, são capazes de destruir territórios continentais. Estima-se que o arsenal nuclear da China tenha entre 250 a 350 ogivas –com lançadores terrestres móveis, submarinos de mísseis balísticos e bombardeiros com capacidade nuclear–, o que é menor que o arsenal da Rússia ou dos Estados Unidos, por exemplo. Nem os especialistas nem as autoridades chinesas deram outras hipóteses do que as imagens de satélite mostrariam.

“Acho que é justo dizer que esses relatórios e outros desenvolvimentos sugerem que o arsenal nuclear da República Popular da China crescerá mais rapidamente e a um nível mais alto do que talvez o previsto anteriormente”, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

O documento foi desenvolvido pelo Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, comparando imagens dos últimos quatro meses de satélite fornecidas pela empresa Planet Labs Inc. Acredita-se que a construção ocorreu nos últimos seis meses. Ainda não há indícios de que os silos estejam em uso.

Observadores militares da China alegam que os supostos silos mostrados na imagem de satélite estavam muito concentrados, e que seriam muito vulneráveis a um ataque nuclear. Além disso, essa tecnologia é obsoleta. Por isso, segundo eles, as afirmações do relatório não têm fundamento.

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“A China já usou lançadores móveis e descartou esses silos fixos, que são demorados, trabalhosos, caros e vulneráveis ​​a ataques e destruição”, afirmou o ex-instrutor do Exército de Libertação do Povo da China.

O relatório foi publicado um dia antes do aniversário de 100 anos do Partido Comunista Chinês, em que o líder Xi Jinping disse em seu discurso que a China não será mais “intimidada, oprimida ou subjugada” por países estrangeiros

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