‘Renovação’, diplomacia na guerra e ambientalismo: a nova posse de Macron
Com dificuldades no governo, presidente francês derrotou a extrema direita de Le Pen; em discurso, prometeu 'novo contrato produtivo, social e ecológico'
O presidente francês Emmanuel Macron tomou posse para seu segundo mandato neste sábado, 7, no Palácio do Eliseu. Reeleito com 58% dos votos no segundo turno contra a ultradireitista Marine Le Pen, o mandatário fez um discurso de cerca de dez minutos, no qual prometeu “um novo método” de governar, ressaltou a importância de enfrentar a crise climática e apontou a necessidade de evitar a escalada da guerra na Ucrânia.
“Precisamos inventar juntos um novo método, longe de tradições e rotinas cansadas, com o qual possamos construir um novo contrato produtivo, social e ecológico”, disse na cerimônia.
Mesmo reeleito, Macron segue sendo alvo de protestos nas ruas do país europeu. No 1º de maio, por exemplo, houve tumulto durante manifestações que pediam o aumento nos salários e a não elevação da idade mínima para a aposentadoria. Uma das imagens mais marcantes do primeiro mandato do presidente, diga-se, foram os atos dos “coletes amarelos”.
Além da promessa de uma nova forma de comandar o governo, Macron buscou na posse abordar temas mais palpáveis para os franceses, como a desigualdade social, a oferta de empregos e as melhorias na Saúde.
Apesar dos problemas enfrentados nos últimos anos, o centrista conseguiu se reeleger com base na rejeição à extrema direita, representada por Le Pen. Terceiro colocado no primeiro turno quase empatado com ela, o esquerdista Jean-Luc Mélenchon declarou abertamente que votaria em Macron no segundo, a fim de evitar a vitória da candidata adversária.