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Rússia ameaça rebaixar relações com Ocidente por envolvimento na Ucrânia

Mais cedo nesta semana, Moscou culpou Washington por ataque ucraniano contra Crimeia com mísseis fornecidos por governo americano

Por Da Redação
Atualizado em 27 jun 2024, 17h20 - Publicado em 27 jun 2024, 10h21

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quinta-feira, 27, que a Rússia está considerando rebaixar suas relações diplomáticas com o Ocidente em resposta ao crescente apoio ocidental à Ucrânia.

“Devido ao crescente envolvimento do Ocidente no conflito sobre a Ucrânia, a Federação Russa não pode deixar de considerar várias opções para responder a uma intervenção ocidental tão hostil na crise ucraniana”, disse Peskov.

+ Rússia promete retaliação aos EUA após ataque à Crimeia com arma americana

Embora uma decisão oficial ainda não tenha sido tomada, Peskov afirmou que a Rússia está considerando diferentes alternativas de retaliação contra o Ocidente.  

“A questão de diminuir o nível de relações diplomáticas é uma prática padrão para Estados que enfrentam manifestações hostis”, completou Peskov.

Tensões com o Ocidente

Desde que o Ocidente começou a enviar armamentos e equipamentos militares à Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou diversas vezes que a medida poderia levar a uma guerra mais ampla envolvendo as maiores potências nucleares do globo.

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No início desta semana, a Rússia culpou os Estados Unidos por um ataque ucraniano contra a Crimeia que usou mísseis de longo alcance fornecidos pelo governo americano. Em resposta ao ataque que matou cinco pessoas, Peskov afirmou que “o envolvimento dos Estados Unidos nos combates não pode deixar de ter consequências”.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, os ataques foram coordenados por especialistas americanos que utilizaram informações de satélites espiões para lançar os mísseis. O governo russo convocou a embaixadora dos Estados Unidos, Lynne Tracy, ao Ministério das Relações Exteriores para uma reprimenda, acusando Washington de travar “uma guerra híbrida contra a Rússia” e de se tornar, na prática, “parte no conflito”.

Um dia após o ataque à Península da Crimeia, a Rússia começou a atualizar sua doutrina nuclear, considerando diminuir o tempo de decisão para o uso de arma nucleares e estabelecer novas condições sob as quais tais armas poderiam ser usadas devido ao que o país acredita ser uma ameaça internacional.

Apesar de Putin reforçar que seu país não precisaria recorrer à armas nucleares para vencer o conflito, o presidente russo afirma desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, que existe a possibilidade da Rússia utilizar armas nucleares para se defender em situações extremas.

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