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Rússia bombardeia hospital e maternidade na Ucrânia, matando recém-nascido

Míssil que atingiu clínica na região de Zaporizhzhia também feriu a mãe da criança e um médico, além de destruir casas nas proximidades

Por Da Redação
Atualizado em 23 nov 2022, 09h58 - Publicado em 23 nov 2022, 09h58
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  • Ataques da Rússia à região de Zaporizhzhia, na Ucrânia, atingiram um hospital de maternidade nesta quarta-feira, 23, e um bebê recém-nascido foi morto, de acordo com autoridades ucranianas.

    Oleksandr Starukh, chefe da administração militar regional de Zaporizhzhia, disse no Telegram nesta quarta-feira que as forças russas “lançaram enormes mísseis contra uma pequena maternidade no hospital de Vilnyansk”, que fica na cidade de mesmo nome.

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    “Nossos corações estão cheios de dor, pois um bebê recém-nascido foi morto”, disse ele. Starukh afirmou que as equipes de resgate foram imediatamente direcionadas ao local do ataque e conseguiu resgatar a mãe da criança dos escombros do hospital.

    Vilnyansk é uma cidade controlada pela Ucrânia. Partes da região mais ampla de Zaporizhzhia ainda são ocupadas pela Rússia, que a reivindica como território russo com supostas anexações, violando o direito internacional.

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    Os Serviços Estatais de Emergência da Ucrânia disseram que a mulher tinha acabado de dar à luz, segundo a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, o bebê tinha apenas dois dias de idade. Um médico também foi resgatado, disseram as autoridades.

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    “Os crimes da Federação Russa são insanos“, disse Zelenska em postagem no Twitter. “Dor horrível. Nunca esqueceremos e nunca perdoaremos.”

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque desta quarta-feira. “O Estado terrorista continua lutando contra civis”, disse, referindo-se à Rússia.

    “O inimigo decidiu mais uma vez tentar alcançar com terror e assassinato o que não conseguiu por nove meses e não poderá alcançar. Em vez disso, ele só será responsabilizado por todo o mal que trouxe ao nosso país”.

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    Segundo a promotoria da Ucrânia, o hospital foi atingido por um míssil S-300. Além de ter matado o bebê e ferido a mãe e o médico, a explosão também afetou residências ao redor da clínica. De acordo com comunicado enviado pelo Telegram, a promotoria já iniciou uma investigação pré-julgamento por violação das leis e costumes de guerra, combinada com assassinato premeditado.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que houve cerca de 703 ataques a instalações de saúde na Ucrânia desde fevereiro, em meio a ataques contínuos do Kremlin contra infraestruturas civis importantes. Atualmente, um em cada cinco ucranianos tem dificuldade de acessar remédios. A situação piora em regiões ucranianas ocupadas pela Rússia, onde a parcela sobe para uma em cada três pessoas.

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