Rússia condena americano a quase 7 anos de prisão por lutar por Ucrânia na guerra
É a primeira vez que um cidadão dos Estados Unidos é condenado por participação na guerra, iniciada em fevereiro de 2022
Um tribunal da Rússia condenou nesta segunda-feira, 7, o americano Stephen James Hubbard, de 72 anos, a seis anos e 10 meses de prisão por supostamente lutar como mercenário pela Ucrânia. É a primeira vez que um cidadão dos Estados Unidos é condenado por participação na guerra, iniciada em fevereiro de 2022. Ele foi capturado dois meses após o conflito eclodir, em abril, na cidade de Izyum.
Em julgamento a portas fechadas, Hubbard, natural do Michigan, se declarou culpado de servir ao Exército ucraniano por compensação financeira, informou a mídia estatal russa RIA Novosti. Segundo a promotoria, ele assinou um contrato de cerca de US$ 1.000 por mês (cerca de R$ 5.150 na cotação da época) para atuar numa unidade de defesa territorial em Izyum, onde morava desde 2014.
Após firmar o contrato com Kiev, o americano recebeu treinamento, armas e munição para ir ao campo de batalha. Em entrevista à agência de notícias Reuters, no mês passado, Patricia Fox, sua irmã, lançou dúvidas sobre a confissão de Hubbard.
Ela afirmou que o irmão vivia a base de uma pensão de US$ 300 por mês e que não falava russo ou ucraniano. Fox também alegou que ele “nunca teve uma arma” e que “é mais um pacifista”.
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“O promotor da RÚSSIA ESTÁ MENTINDO!!! Steve nunca foi um mercenário. Ele era um professor de inglês ensinando inglês em outros países!”, escreveu Fox em uma publicação no Facebook, em setembro.
Hubbard poderia pegar até 15 anos de prisão, mas a pena foi amenizada em razão da confissão e da sua idade. Acredita-se que, além dele, ao menos 10 cidadãos americanos estejam atrás das grades na Rússia, incluindo o ex-fuzileiro naval Robert Gilman, também condenado nesta segunda-feira a sete anos e um mês em uma colônia penal por agredir policiais.