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Rússia culpa oficial ucraniana por assassinato de filha do ‘guru’ de Putin

O Kremlin acusou uma agente dos serviços especiais ucranianos de segurança de plantar uma bomba no carro de Darya Dugina; Ucrânia nega envolvimento

Por Da Redação
22 ago 2022, 12h46
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  • This handout picture released by the Russian Investigative Committee on August 21, 2022 shows investigators work on the place of explosion of a car driven by Daria Dugina, daughter of Alexander Dugin, a hardline Russian ideologue close to President Vladimir Putin, outside Moscow. - Daria Dugina, born in 1992, was killed when a bomb placed in her Toyota Land Cruiser went off as she drove on a highway near the village of Bolshie Vyzyomy, some 40 kilometres (25 miles) outside Moscow on August 20, 2022, Russia's Investigative Committee said in a statement. According to family members quoted by Russian media, Dugin -- a vocal supporter of Kremlin's offensive in Ukraine -- was the likely target of the blast as his daughter borrowed his car at the last minute. (Photo by Handout / Investigative Committee of Russia / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / Russian Investigative Committee / handout" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
    Comitê de Investigação da Rússia trabalha no local da explosão de um carro dirigido por Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, um ideólogo russo linha-dura próximo ao presidente Vladimir Putin - 21/08/2022 (Russian Investigative Committee/AFP)

    A Rússia culpou, nesta segunda-feira, 22, uma agente do serviço de segurança da Ucrânia pela explosão de um carro-bomba que matou Darya Dugina, comentarista política e filha do proeminente ideólogo ultranacionalista Alexander Dugin – conhecido como o “guru” do presidente Vladimir Putin.

    “O assassinato da jornalista Darya Dugina foi resolvido, foi planejado pelos serviços especiais ucranianos, por um cidadão da Ucrânia”, informou a agência de notícias estatal TASS. O serviço de segurança russo apontou uma mulher como autora do assassinato e disse que ela havia fugido para a Estônia após o ataque.

    Foi estabelecido que “o crime foi preparado e cometido pelos serviços especiais ucranianos”, segundo a TASS.

    O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) disse que a suspeita havia chegado à Rússia em 23 de julho de 2022, junto com sua filha, de acordo com a TASS. A dupla participou de um festival perto de Moscou no sábado, onde Dugina foi convidada de honra.

    O FSB disse que, depois de detonar remotamente explosivos plantados no carro de Dugina, a dupla dirigiu pela região de Pskov até a Estônia, uma viagem de cerca de 12 horas. Segundo o serviço de segurança russo, a mulher havia alugado um apartamento em Moscou no mesmo prédio onde Dugina morava e usava um carro para monitorar a jornalista.

    A agência TASS reportou, ainda, que a mulher usou uma variedade de documentos de identidade. Ela teria entrado na Rússia com um documento emitido pela autodeclarada República Popular de Donetsk, gerida por separatistas pró-Rússia, e saiu do país com um documento ucraniano.

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    As informações da TASS ainda não foram verificadas de forma independente.

    Mais cedo, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia deu a entender que as estruturas estatais ucranianas foram responsáveis ​​pela explosão, uma alegação que as autoridades ucranianas negaram.

    “A Ucrânia definitivamente não tem nada a ver com isso, porque não somos um Estado criminoso, como a Federação Russa é, e mais ainda, não somos um Estado terrorista”, disse Mykhailo Podolyak, assessor do Chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia.

    + ‘Já não é mais possível ter solução diplomática’, diz Rússia sobre guerra

    Na segunda-feira, Podolyak publicou um tuíte em que diz: “A propaganda russa vive em um mundo fictício: uma mulher ucraniana e seu filho de 12 anos foram ‘designados’ responsáveis ​​por explodir o carro da propagandista Dugina. Surpreendentemente, não encontraram o ‘visto estoniano’ no local do incidente”, disse ele, uma referência à alegação do FSB de que a mulher havia fugido para a Estônia.

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    O presidente Putin chamou a morte de Dugina de “um crime vil e cruel”.

    “Um crime vil e cruel cortou a vida de Darya Dugina, uma pessoa brilhante e talentosa com um verdadeiro coração russo – gentil, amoroso, simpático e aberto. Jornalista, cientista, filósofa, correspondente de guerra, ela serviu honestamente ao povo, à Pátria, ela provou por atos o que significa ser um patriota da Rússia”, disse em um comunicado.

    Alexander Dugin, pai de Darya, é o sumo sacerdote de uma vertente de nacionalismo russo que se tornou cada vez mais influente em Moscou.

    Aos 60 anos, de uma família de oficiais militares russos, sua jornada foi notável: de ideólogo marginal a líder de uma proeminente corrente de pensamento na Rússia que a vê no coração de um império “eurasiano” que desafia a decadência ocidental. Ele é o fundador do termo “o mundo russo”.

    Dugin ajudou a reviver a expressão “Novorossiya” ou Nova Rússia – que incluía os territórios de partes da Ucrânia – antes da anexação da Crimeia em 2014. Putin usou a palavra ao declarar a Crimeia parte da Rússia em março daquele ano.

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    De acordo com familiares citados pela mídia russa, Dugin pai – defensor ferrenho da ofensiva do Kremlin na Ucrânia – foi o provável alvo da explosão, já que sua filha pegou seu carro emprestado no último minuto.

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