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Rússia culpa seus próprios soldados por sucesso de ataque da Ucrânia

Militares russos de uma base em Makiivka estariam usando celulares, o que permite a localização de alvos; Moscou admitiu 89 mortes após míssil de Kiev

Por Da Redação
4 jan 2023, 09h07
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  • Mourners gather to lay flowers in memory of more than 60 Russian soldiers that Russia says were killed in a Ukrainian strike on Russian-controlled territory, in Samara, on January 3, 2023. - Russia on January 2 said more than 60 soldiers were killed in a Ukrainian strike on Russian-controlled territory in a New Year assault, the biggest loss of life reported by Moscow so far. Kyiv took responsibility for the strike, which it said took place in the occupied city of Makiivka in eastern Ukraine on New Year's Eve. The killed soldiers were mobilized mainly from the Samara region. The strike, in the occupied city of Makiivka, is the biggest loss of life reported by Moscow so far. (Photo by Arden Arkman / AFP)
    Na Rússia, pessoas prestam homenagem aos 89 soldados mortos em ataque ucraniano em Donetsk, o maior da guerra até agora. 03/01/2023 - (Arden Arkman/AFP)

    A Rússia disse nesta quarta-feira, 4, que um ataque ucraniano com mísseis no Ano Novo, que matou pelo menos 89 soldados russos, aconteceu porque os militares estavam usando seus telefones celulares.

    O uso de telefones, que são proibidos, permitiu que o inimigo localizasse seu alvo, disseram autoridades do Kremlin. Uma investigação já começou.

    A Ucrânia afirma que 400 soldados foram mortos – e outros 300 feridos – no ataque a um centro para recrutas em Makiivka, na área ocupada de Donetsk. A Rússia disputa este número: inicialmente, falou em pouco mais de 63 mortos, aumentando as baixas para 89 nesta quarta-feira.

    Ainda assim, este é o maior número de mortes que Moscou reconheceu na guerra. É extremamente raro que os russos confirmem quaisquer baixas no campo de batalha.

    A Rússia disse que, no dia de Ano Novo, seis mísseis foram disparados de um sistema de foguetes HIMARS, fabricado nos Estados Unidos, contra uma escola vocacional militar, dois dos quais foram abatidos.

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    O vice-comandante do regimento, tenente-coronel Bachurin, estava entre os mortos, informou o Ministério da Defesa em comunicado nesta quarta-feira.

    Uma comissão está investigando as circunstâncias do incidente, disse o comunicado, mas é “já óbvio” que a principal causa do ataque foi a presença e “uso em massa” de telefones celulares por soldados ao alcance das armas ucranianas, apesar de proibido, acrescentou.

    “Esse fator permitiu ao inimigo localizar e determinar as coordenadas da localização de militares para um ataque com míssil”, alegou o Kremlin.

    Funcionários considerados culpados na investigação serão levados à justiça, completou, e medidas estão sendo tomadas para evitar eventos semelhantes no futuro.

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    A escola vocacional estava lotada de recrutas na época, homens que estavam entre os 300 mil convocados na mobilização parcial do presidente Vladimir Putin em setembro. Munição também era armazenada próximo ao local, que foi reduzido a escombros.

    Alguns comentaristas e políticos russos acusaram os militares de incompetência, dizendo que os soldados nunca deveriam ter recebido acomodações tão vulneráveis. Pavel Gubarev, um ex-alto funcionário da Rússia em Donetsk, disse que a decisão de abrigar um grande número de soldados em um prédio foi “negligência criminosa”.

    “Se ninguém for punido por isso, só vai piorar”, alertou.

    Já o vice-presidente do parlamento local de Moscou, Andrei Medvedev, disse que era previsível que os soldados seriam culpados, e não o comandante que tomou a decisão original de colocar tantos deles em um só lugar.

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    O presidente Putin assinou um decreto na terça-feira 3 para que as famílias dos soldados da Guarda Nacional mortos em serviço recebam 5 milhões de rublos (R$ 382 mil).

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