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Rússia defende guerra e condena Ucrânia por ‘atrocidades’

Durante reunião da ONU, chanceler russo acusou governo ucraniano 'pisotear' direitos de seus conterrâneos em Kiev

Por Da Redação
Atualizado em 22 set 2022, 16h10 - Publicado em 22 set 2022, 16h09

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu a guerra e acusou a Ucrânia de cometer atrocidades durante Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta quinta-feira, 22.

Discursando na sede das Nações Unidas, em Nova York, Lavrov acusou o governo ucraniano de criar ameaças contra a segurança de Moscou e “descaradamente pisotear” os direitos dos russos residentes na Ucrânia.

+ Na ONU, Biden acusa Putin de perseguir ‘ambições imperiais’

“Posso garantir que nunca aceitaremos isso. Tudo o que eu disse hoje simplesmente confirma que a decisão de conduzir a operação militar especial era inevitável”, disse o chanceler, justificando a invasão ao país vizinho.

A autoridade russa também classificou os países que fornecem armas para a Ucrânia e treinam seus soldados como incentivadores do conflito, acrescentando que “o fomento intencional e coletivo desse conflito pelo Ocidente permaneceu impune”.

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Respondendo Lavrov, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu que Washington continuaria apoiando a Ucrânia para se defender.

“A própria ordem internacional que nos reunimos aqui para defender está sendo rasgada diante de nossos olhos. Não podemos deixar o presidente Putin escapar impune”, disse Blinken ao conselho.

Uma autoridade do Reino Unido e outros membros das Nações Unidas também pediram que Moscou seja responsabilizada por supostas violações de direitos humanos na Ucrânia.

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“Devemos deixar claro ao presidente [Vladimir] Putin que seu ataque ao povo ucraniano deve parar, que não pode haver impunidade para aqueles que perpetram atrocidades”, disse o secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly.

Comentando as recentes ameaças do líder do Kremlin sobre ataques nucleares, o chefe da organização internacional, Antonio Guterres, disse que falar de um conflito nuclear é “totalmente inaceitável”.

Outro assunto abordado pelo conselho foram os referendos sobre a adesão à Rússia, anunciados por governos de regiões separatistas na Ucrânia.

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“Qualquer anexação do território de um Estado por outro Estado resultante da ameaça ou uso da força é uma violação da Carta das Nações Unidas e do direito internacional”, disse Guterres.

Os referendos estão previstos para ocorrer a partir desta sexta-feira, 23, em várias regiões majoritariamente controladas pelo Kremlin no leste e sul da Ucrânia, que compreendem cerca de 15% do território do país.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que a prioridade é retomar o diálogo sem pré-condições e que ambos os lados exerçam moderação e não aumentem as tensões.

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“A posição da China sobre a Ucrânia é clara. A soberania, a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas e as preocupações razoáveis ​​de segurança de todos os países devem ser levadas a sério”, disse Wang.

Essa foi a vigésima vez que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu este ano para discutir assuntos relacionados à guerra na Ucrânia.

No entanto, a instituição têm enfrentado entraves para tomar ações significativas sobre o conflito porque a Rússia é um membro permanente com poder de veto no conselho, junto com os Estados Unidos, França, Reino Unido e China.

Em um discurso remoto exibido na Assembleia Geral das Nações Unidas, na quarta-feira 21, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que a organização revogue o poder de veto de Moscou.

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