Autoridades russas afirmaram nesta terça-feira, 26, que conseguiram frustrar ataques ucranianos com drones e mísseis contra a Crimeia e regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia durante a madrugada.
Sistemas de defesa derrubaram quatro drones ucranianos na região de Kursk e outros sete drones em Belgorod, de acordo com o Ministério da Defesa russo e autoridades regionais.
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Os lançamentos de mísseis e drones seguem um ataque aéreo russo que causou “danos significativos” à infraestrutura do porto de Odessa, no sul do país, e destruiu algumas instalações de armazenamento de grãos na segunda-feira, na mais recente investida de Moscou contra estruturas portuárias ucranianas.
Segundo o ministério, forças russas também impediram um ataque com míssil em Sevastopol, maior cidade da Crimeia.
Em 2014,o presidente russo, Vladimir Putin, assinou o tratado de “reintegração da Crimeia na Federação Russa”. A estratégica península no Mar Negro fazia parte da União Soviética até o bloco se dissolver, tendo antes pertencido durante séculos ao Império Otomano.
A esmagadora maioria da comunidade internacional, no entanto, continua a considerar a Crimeia território da Ucrânia, nove anos depois da anexação. A suposta “reintegração” se deu após a invasão da península por forças russas, em fevereiro de 2014 – seguindo-se ao afastamento do presidente pró-russo Viktor Yanukovych – e um apressado “referendo” orquestrado pelas autoridades russas, que se concluiu com um apoio de suspeitíssimos 96,77% à anexação da Crimeia, resultado não reconhecido pelo direito internacional.