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Rússia e China, mais amigos que nunca, coordenam jogos de guerra colossais

Manobras acontecem em Vostok até o dia 7 de setembro e ocorrem em momento de tensão entre os dois países com os Estados Unidos

Por Da Redação
Atualizado em 1 set 2022, 15h23 - Publicado em 1 set 2022, 14h35

A Rússia e a China lançaram uma série de exercícios militares em larga escala envolvendo várias nações aliadas nesta quinta-feira, 1, em uma demonstração de crescente cooperação entre ambos os países, já que enfrentam tensões com os Estados Unidos

As manobras também têm o objetivo de demonstrar o poder militar de Moscou, que tem plena capacidade de realizar grandes movimentos mesmo em meio a guerra com a Ucrânia, que já dura mais de seis meses. 

+ Xi Jinping e Vladimir Putin vão comparecer ao G20, diz Indonésia

De acordo com o Ministério de Defesa russo, os exercícios em Vostok serão realizados pelo menos até 7 de setembro em sete campos de tiro no extremo leste da Rússia e no Mar do Japão, envolvendo mais de 50.000 soldados e 5.000 unidades de armas, incluindo 140 aeronaves e 60 navios de guerra.

O chefe do Estado-Maior russo, general Valery Gerasimov, supervisionará pessoalmente os exercícios, que receberão tropas de várias nações que compuseram a União Soviética, além de China, Índia, Laos, Mongólia, Nicarágua e Síria. Ainda segundo o ministério, as marinhas russa e chinesa participarão de ações conjuntas para proteger as comunicações marítimas, áreas de atividade econômica marítima e apoio a tropas terrestres em áreas litorâneas no Mar do Japão.

Por parte da China, foram enviados mais de 2.000 soldados, 300 veículos militares, 21 aviões de combate e três navios de guerra para participar dos exercícios. O jornal chinês Global Times observou que esta é a primeira vez que o governo chinês enviou forças de três ramos de suas forças armadas para participar de um único exercício russo, no que descreveu como uma “demonstração da amplitude e profundidade da cooperação militar China-Rússia e confiança mútua”. 

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As ações reforçam a aproximação entre os dois países ao longo deste ano, que se estreitou após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. De lá para cá, a China tem se recusado a criticar as ações da Rússia e condenou em mais de uma oportunidade o conjunto de sanções contra o país. 

Em resposta, o Kremlin tem demonstrado grande apoio a Pequim em meio às crescentes tensões envolvendo os Estados Unidos após a visita da líder da Câmara, Nancy Pelosi, a Taiwan. 

+ China acusa EUA de serem ‘maiores instigadores’ da crise na Ucrânia

A série de exercícios desta semana dá continuidade à cooperação militar entre Rússia e China nos últimos anos, incluindo exercícios navais e patrulhas sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental. No ano passado, soldados russos foram enviadas pela primeira vez ao território chinês para manobras conjuntas.

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