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Rússia faz ‘ataque pesado de mísseis’ e eleva pressão na Ucrânia

Às vésperas da marca de um ano da guerra, um dos cenários mais tensos é Bakhmut, onde analistas veem um possível prelúdio de uma nova grande ofensiva

Por Da Redação
16 fev 2023, 08h30

Forças da Rússia realizaram um “ataque pesado de mísseis contra instalações de infraestrutura” na Ucrânia durante a madrugada desta quinta-feira, 16, disparando ao menos 32 mísseis, afirmou a Força Aérea ucraniana em publicação no Telegram. Dos projéteis, ao menos 16 foram destruídos por defesas aéreas.

“Infelizmente, alguns dos mísseis de cruzeiro Kh-22 alcançaram seus alvos, atingindo infraestruturas críticas”, diz o texto. Segundo Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, a Rússia também usou drones nos ataques desta madrugada.

Em Pavlohrad, na região de Dnipropetrovsk, mísseis atingiram a cidade enquanto os residentes dormiam, segundo Serhii Lysak, chefe da administração militar local. Uma mulher de 79 anos morreu e sete pessoas ficaram feridas, de acordo com informações preliminares, disse Lysak em um post do Telegram na quinta-feira.

+ Em possível prelúdio de nova ofensiva, Rússia aumenta ataques em Bakhmut

“Foi uma noite terrível em Pavlohrad. Às três horas depois da meia-noite, quando as pessoas dormiam pacificamente em suas casas, o inimigo atingiu a cidade com foguetes”, disse.

No início da semana, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou ter registrado 7.199 mortes de civis desde o início da invasão, em todo o território ucraniano. A maioria morreu por bombas, mísseis e ataques aéreos e o número real pode ser ainda maior, segundo a agência da ONU, à medida que o acesso ainda é difícil em certas áreas para verificação.

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Na quarta-feira, a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, afirmou que a situação no leste do país é “tensa” e uma ofensiva russa está “em andamento”.

“As agressões seguem dia e noite. A situação é tensa. Sim, é difícil para nosso povo. Não obstante, nossos combatentes estão impedindo o inimigo de alcançar seus objetivos”.

Segundo Maliar, a Rússia tem perdas de “até 80%” entre membros de alguns de seus batalhões. O número não pôde ser verificado por fontes independentes.

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Às vésperas da marca de um ano da guerra, em 24 de fevereiro, um dos cenários mais tensos da guerra é a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, onde analistas veem um possível prelúdio de uma nova grande ofensiva nacional.

Atualmente, a região é o principal objetivo do presidente russo, Vladimir Putin. A captura do local daria à Rússia uma nova posição na região de Donetsk e uma rara vitória após vários meses de contratempos. O território de Donbas, que a Rússia ocupa parcialmente, é considerado o coração industrial da Ucrânia e agora o país tenta obter controle total. 

De acordo com militares ucranianos, soldados que já estão há meses na cidade estão preparados para novos ataques. As posições em Bakhmut foram fortificadas e apenas pessoas com funções militares foram autorizadas a entrar.

Os dois lados sofreram pesadas perdas em Bakhmut, e a situação da zona de conflito foi descrita como um “moedor de carne”, com poucos civis restantes na cidade. Desde maio, o Exército russo tenta ocupar a cidade, uma zona estratégica para ser usada como base de lançamento de ataques a cidades vizinhas, como Sloviansk e Kramatorsk.

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