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Rússia: nível de radiação aumentou 16 vezes após explosão em base

Explosão matou cinco cientistas e picos de radiação impuseram situação de alerta para os moradores de Severodvinsk

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h41 - Publicado em 13 ago 2019, 12h40

Os níveis de radiação na cidade de Severodvinsk, norte da Rússia, aumentaram entre 4 e 16 vezes após explosão durante o teste de míssil de cruzeiro, informou nesta terça-feira, 13, o Serviço Meteorológico da Rússia. Até o momento, foram confirmadas a morte de cinco cientistas que trabalhavam no lugar da explosão.

“Às 12h de Moscou (6h, em Brasília) de 8 de agosto de 2019 em seis de oito pontos de Severodvinsk foi registrado um aumento da dose de radiação gama de entre 4 e 16 vezes, em comparação com o nível habitual para este território”, afirma o comunicado oficial.

A Rosatom, empresa estatal russa de energia atômica, disse que a explosão ocorreu enquanto os engenheiros realizavam o teste de uma “fonte de energia de isótopo radioativo”.

Embora os detalhes do acidente e o tipo da arma tenham sido mantidos em segredo, a imprensa suspeita que tratava-se de um míssil de cruzeiro Burevestnik (Albatroz), dotado de propulsão nuclear.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou este míssil, da mesma forma que outras armas do novo arsenal estratégico do país, durante seu discurso sobre o estado da nação em março de 2018. No dia da explosão, as autoridades de Severodvinsk admitiram um aumento da radiação na zona, mas reiteraram que ela foi temporária.

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Segundo uma nota da Câmara Municipal, duas horas depois de registro de tal aumento, o nível da radiação era de “0,11 microsievert por hora com um máximo permitido de 0,60 microsievert”. A organização ambientalista Greenpeace pediu às autoridades russas que investiguem o aumento da radiação e indicou que, após a explosão, esta foi “20 vezes maiores do que a normal”.

Apesar do pico de radiação, que fez com que moradores buscassem por iodo nas farmácias, não há perigo para a saúde. Segundo a  Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de câncer pode aumentar a partir dos 50.000 microsieverts recebidos, e o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) francês recomenda aos moradores que busquem abrigo a partir de 10.000 microsieverts.

(Com EFE e AFP)

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