Em discurso no Fórum Econômico Mundial, a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, solicitou que líderes mundiais exerçam sua influência em apoio à Ucrânia nesta terça-feira, 17, dizendo que a guerra travada pela Rússia pode levar a um colapso do mundo.
“Estamos enfrentando uma ameaça do colapso de um mundo como o conhecemos, da maneira como estamos acostumados a ele e ao que aspiramos”, disse a primeira-dama da Ucrânia.
O discurso de Olena ocorre quase um ano depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. Até agora, o conflito matou milhares de soldados e civis e forçou quase 8 milhões de ucranianos a se refugiarem na Europa. Ela foi apresentada pelo presidente do Fórum Econômico Mundial, Børge Brende, que elogiou a primeira-dama por trabalhar “descaradamente para corrigir o impacto humano da guerra”.
Ela pediu ao mundo que, em primeiro lugar, reconhecesse o sofrimento humano que está em curso em toda a Ucrânia. “Quero enfatizar que esses pontos não são puramente políticos”, ressaltou. “Cada um tem uma dimensão humana tangível.”
Ela mencionou os esforços de médicos ucranianos em UTIs lotadas, situações como crianças mortas em meio a evacuações e agricultores que não podem voltar para suas colheitas porque os campos estão semeados por minas terrestres.
“Estou constantemente tentando transmitir que na Ucrânia não há lugar completamente seguro”, acrescentou. “Todo mundo agora na Ucrânia tem que arriscar suas vidas todos os dias. Não há nada fora dos limites para a Rússia.”
Zelenska também disse que a guerra na Ucrânia está entrelaçada com as várias outras crises globais, incluindo a crise climática e a instabilidade energética e alimentar global.
A Reunião Anual do Fórum reúne mais de 2.700 líderes e especialistas de 126 países. Isso inclui mais de 50 chefes de estado e mais de 300 sessões dedicadas a lidar com os principais problemas coletivos do mundo.
Olena enfatizou a necessidade de uma frente unificada contra a agressão russa, dizendo aos líderes mundiais que “a Unidade traz a paz de volta”. “Se as pessoas se unirem, acreditamos que o mundo se unirá em paz”, concluiu