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Secretário dos EUA descarta entrada da Ucrânia na Otan e joga responsabilidade para Europa

Em outro comentário que também não será bem recebido por Kiev, Pete Hegseth disse ser 'irrealista' um retorno às fronteiras ucranianas pré-2014

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 fev 2025, 06h23 - Publicado em 12 fev 2025, 11h56

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, jogou um balde de água fria sobre as ambições da Ucrânia de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a principal aliança militar ocidental, dizendo que a proposta é “irrealista”. Em comentários antes de uma reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, nesta quarta-feira, 12, Hegseth também alertou que Washington não priorizará mais a segurança europeia e ucraniana, e não enviará militares em um eventual cenário pós-guerra, já que o governo de Donald Trump está focado em proteger suas próprias fronteiras.

“Os Estados Unidos não acreditam que a adesão da Ucrânia à Otan seja um resultado realista de um acordo negociado”, disse o secretário americano, acrescentando que quaisquer garantias de segurança oferecidas à Ucrânia “devem ser apoiadas por tropas europeias e não europeias capazes” e enfatizando que, “como parte de qualquer garantia de segurança, não haverá tropas dos EUA enviadas à Ucrânia”.

Embora a Otan tenha declarado que o caminho da Ucrânia para a adesão é “irreversível”, a aliança não definiu uma data ou emitiu um convite. Diplomatas disseram que atualmente não há consenso entre seus 32 membros para fazer isso. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, cujo governo tem laços estreitos com a Rússia,  por exemplo, disse à agência de notícias Reuters que “esse país está em guerra e um país em guerra não pode contribuir para a segurança da aliança”.

Alguns analistas e diplomatas sugerem que a Ucrânia poderia receber garantias de segurança de países ocidentais individualmente, em vez de uma garantia da Otan como um todo. Kiev insiste que não aceitaria nada menos do que adesão à aliança, citando sua experiência com um pacto de 30 anos atrás, no qual abriu mão de armas nucleares em troca de garantias de segurança de grandes potências, que se mostraram inúteis.

Em um comentário que também não será bem recebido por Kiev, Hegseth disse ser “irrealista” um retorno às fronteiras ucranianas pré-2014, antes da Rússia anexar ilegalmente a península da Crimeia, algo exigido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma eventual cessação de hostilidades.

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Embora a Otan e a União Europeia já estivessem se preparando para um recuo dos EUA como liderança em assistência e coordenação militar à Ucrânia, as declarações feitas nesta quarta-feira são as mais claras sobre como o governo Trump já tenta se desvencilhar da Europa e transformar a guerra na Ucrânia em um problema essencialmente europeu.

Para uma eventual acordo de paz, o presidente russo, Vladimir Putin, demanda que a Ucrânia abandone os planos de aderir à Otan e retire suas tropas das áreas ocupadas e anexadas pelo lado russo – Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia passaram a fazer parte do mapa da Rússia, por uma decisão unilateral de Putin condenada pela comunidade internacional, ainda em 2022.

Já Zelensky afirmou, no último domingo, 9, que estaria pronto para sentar-se à mesa de negociações com os russos para discutir um acordo de paz, flexibilizando o formato de tratativas. Ele, contudo, afirmou ter uma condição para que isso ocorresse: que exista “um entendimento de que os Estados Unidos e a Europa não nos abandonarão” depois do conflito ser encerrado.

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