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Seis morrem na Índia em protestos contra nova lei de cidadania

Nova legislação que garante cidadania a membros de 6 religiões perseguidas e que não inclui muçulmanos tem gerado revolta no país

Por AFP 15 dez 2019, 12h59
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    Seis pessoas morreram, quatro por tiros da polícia, em protestos no nordeste da Índia por causa de uma lei controversa que concederá a cidadania a milhões de migrantes ilegais, mas apenas se não forem muçulmanos.

    As autoridades mantêm o corte da internet e o toque de recolher em algumas áreas da região.

    O epicentro das tensões é Guwahati, a maior cidade do estado de Assam, onde, neste domingo, houve novos protestos com o exército, que patrulha as ruas.

    Cerca de 5000 pessoas participaram das manifestações, com centenas de policiais assistindo.

    Segundo as autoridades, a produção de gás e petróleo no estado foi afetada pelos protestos.

    O movimento protesta contra a chamada Lei de Emenda da Cidadania (CAB), que facilitará o acesso à nacionalidade de migrantes de países vizinhos.

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    O parlamento indiano aprovou na quarta-feira o polêmico projeto de lei que autoriza conceder a nacionalidade indiana a migrantes procedentes de certos países, desde que não sejam muçulmanos, e que entraram ilegalmente no país antes de 31 de dezembro de 2014.

    Os manifestantes temem que a lei provoque um fluxo migratório de refugiados hindus de Bangladesh para a região.

    Já grupos islâmicos, partidos da oposição e organizações de direitos civis consideram a nova lei como mais um passo na agenda nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi para marginalizar os 200 milhões de muçulmanos do país.

    Em Assam, quatro pessoas morreram em um hospital após serem baleadas pela polícia e outra morreu quando a tenda onde dormia foi incendiada. A sexta vítima morreu espancada durante os protestos, segundo a polícia.

    O chefe do governo do estado, Mamata Banerjee, que criticou o governo por promover a lei, suspendeu a internet em vários distritos.

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    Os manifestantes queimaram pneus, cortaram estradas e trilhos de trem e queimaram trens e ônibus, forçando a interrupção do serviço em algumas áreas.

    Por sua vez, o ministro do Interior da Índia, Amit Shah, voltou a pedir calma e disse que a cultura dos estados do nordeste não está ameaçada.

    “A cultura, a linguagem, a identidade social e os direitos políticos de nossos irmãos e irmãs no nordeste permanecerão intactos”, afirmou Shah em uma manifestação no estado de Jharkhand, no leste, segundo a rede de televisão News18.

    Várias organizações e um partido muçulmano levaram a lei ao Supremo Tribunal, justificando que ela é contrária à Constituição indiana e às suas tradições seculares.

    O nordeste pobre da Índia, um mosaico de povos e grupos étnicos, é uma região onde há confrontos frequentes entre comunidades.

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    A imigração é uma questão muito sensível para as comunidades originárias, principalmente devido à proximidade de Bangladesh.

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