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Sem apoio que desejava, Zelensky apresenta ‘plano de vitória’ para fim de guerra na Ucrânia

Presidente da Ucrânia descartou possibilidade de ceder territórios e fez apelo por maior auxílio das potências ocidentais em anúncio público

Por Da Redação
Atualizado em 16 out 2024, 17h54 - Publicado em 16 out 2024, 15h26

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou nesta quarta-feira, 16, o “Plano para a Vitória” no Parlamento de Kiev, um projeto elaborado pelo governo ucraniano para encerrar o conflito com a Rússia. O texto descarta qualquer possibilidade de ceder territórios e apela por maior auxílio das potências ocidentais.

O texto será oficialmente apresentado aos países da União Europeia na quinta-feira, mas o presidente ucraniano já vinha em um missão de tentar seduzir outros Estados a aderirem ao plano. Em viagens, ele chegou a discutir o projeto com líderes de Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos, além do secretário-geral da Otan, a principal aliança militar ocidental, Jens Stoltenberg. No entanto, a turnê diplomática terminou sem o apoio público de qualquer país ao plano.

Zelensky apresentou o projeto pela primeira vez ao presidente dos EUA, Joe Biden, durante uma visita à Casa Branca em setembro. Na ocasião, o governo americano anunciou um novo pacote de ajuda militar de 375 milhões de dólares, mas sem permitir um ataque mais profundo a Rússia. Biden tem reiterado que os EUA e seus aliados devem continuar a apoiar a Ucrânia para a adesão à Otan, mas uma adesão formal ainda não foi oferecida.

‘Plano para a Vitória’

O projeto de Zelensky se baseia em cinco pilares principais, além de três pontos “secretos” que foram compartilhados apenas com parceiros selecionados.

A prioridade central do plano é o estreitamento dos laços entre a Ucrânia e a Otan, aspiração antiga do governo ucraniano. Embora Kiev deseje um convite formal para integrar a aliança, as potências ocidentais têm sido frias, já que a Ucrânia continua em guerra.

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Outro foco do plano é o fortalecimento da defesa ucraniana por meio de um pacote de dissuasão estratégica não nuclear Além de reiterar o pedido para que os aliados ocidentais aliviem as restrições ao uso de mísseis de longo alcance contra alvos russos, algo que, até o momento, tem sido limitado.

O presidente ucraniano também pediu por operações de defesa conjuntas com nossos vizinhos na Europa para abater mísseis e drones russos. No entanto, Stoltenberg jogou água fria nessa ideia em julho, dizendo que o bloco não se tornaria parte do conflito.

O último termo do documento aponta para o período pós-guerra, no qual, segundo o presidente ucraniano, os militares ucranianos poderão usar a sua experiência para reforçar a defesa da Otan e da Europa. De acordo com Zelensky, os militares ucranianos poderão substituir parte do contingente estadunidense na Europa.

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A Rússia, que lançou a invasão em fevereiro de 2022, rejeitou prontamente o plano de Zelensky e afirmou que Kiev deve “acordar”. Moscou insiste que Kiev deve ceder os territórios sob controle russo no leste e no sul da Ucrânia como condição preliminar para qualquer negociação de paz.

“O único plano de paz possível é que o regime de Kiev compreenda que sua política carece de perspectiva e é necessário que acorde”, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

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