Sem coalizão de governo, Espanha marca novas eleições para novembro
O primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez ainda tentará, até o dia 23, aliança com outros partidos de esquerda para se manter no poder
O rei Felipe VI, da Espanha, anunciou nesta terça-feira, 17, a preparação de novas eleições legislativas no país para o dia 10 de novembro por não haver, neste momento, “nenhum candidato com o apoio necessário na Câmara dos Deputados”, informou o jornal El País. Estas serão as segundas eleições espanholas em prazo de sete meses.
Desde sua vitória nas eleições do dia 28 de abril, o primeiro-ministro interino Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), tenta formar uma coalizão para se consolidar no posto. O PSOE elegeu apenas 123 representantes na Câmara espanhola – 53 cadeiras a menos do que precisava para assegurar um governo próprio.
Sánchez tentou incessantemente formar uma coalizão com outros coligações de esquerda, em especial com o Unidas Podemos, mas acabou por se conformar com o anúncio do rei Felipe. “Eu tentei por todos os meios, mas eles (os outros partidos de esquerda) tornaram isso impossível para mim”, desabafou o primeiro-ministro nesta terça-feira.
Na teoria, o anúncio do rei não é o fim da atual legislatura. Para impedir as eleições, o Parlamento terá de apresentar um novo governo em dois turnos de votação até a próxima segunda-feira, 23 – dois meses após a primeira votação da atual legislatura para formar um governo, como define a Constituição Espanhola.