O Senado da Bolívia aprovou, nesta quarta-feira, 20, o primeiro trâmite para convocar novas eleições gerais no país. O projeto de lei foi enviado pela presidente interina Jeanine Añez, e foi apoiado por seus partidários e pelos de Evo Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS).
Este é apenas um primeiro passo no processo para eleger um novo presidente, que não garante a existência de um acordo na Câmara dos Deputados. O diário espanhol El País reportou que Añez disse que poderia convocar eleições por decreto se não houver consenso, ao que Evo respondeu que seria uma manobra inconstitucional.
O documento tem o objetivo de anular as eleições de 20 de outubro, convocar novas eleições gerais e nomear os membros do Supremo Tribunal Eleitoral e os membros do departamento, segundo o jornal boliviano Correo del Sur.
Añez disse que ainda pode haver modificações no projeto de lei: “Gostaria que fosse considerado um documento base”. Completou ainda que deve haver “consenso de todos os bolivianos” acerca do documento.
Ainda não foi anunciada uma data para as eleições. Segundo a presidente interina e Álvaro Coimbra, seu ministro da Justiça, os novos membros do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), que serão eleitos no Congresso, devem propor o calendário eleitoral.