O presidente dos EUA, Donald Trump, está reavaliando uma retirada rápida das tropas norte-americanas da Síria, disse o influente senador republicano Lindsey Graham neste domingo, sinalizando preocupações da Casa Branca de que uma retirada acelerada poderia permitir que o Estado Islâmico recupere posição no país.
A decisão de Trump, anunciada no início deste mês, marcou uma mudança abrupta na política dos EUA para o Oriente Médio e colaborou no pedido de demissão do secretário da Defesa, Jim Mattis. Críticos alertaram que a saída de mais de 2.000 homens das forças armadas dos EUA da Síria também poderia fortalecer o poder do Irã e alimentar as preocupações entre os aliados em todo o mundo sobre o compromisso norte-americano na região.
Um dia depois da saída de Mattis, Brett McGurk, enviado sênior dos EUA à coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico, também renunciou. “O presidente está reconsiderando como faremos isso”, disse o senador Graham em entrevista para a rede CNN. Ele acrescentou que discutiu a retirada da Síria com o general da Marinha Joe Dunford, que como chefe do Estado-Maior Conjunto é o principal assessor militar de Trump.
Graham afirmou, ainda, que planeja uma nova abordagem com o presidente. “Vou pedir a ele que se sente com seus generais e reconsidere como fazer isso”, disse o senador, afirmando que quer que a administração “faça uma retirada, certificando-se de fazê-la corretamente, assegurando que o EI nunca mais volte”.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca se recusou a comentar a questão e fez referência a uma declaração de Trump no Twiter em 23 de dezembro, quando o presidente escreveu: “Acabei de ter uma ligação longa e produtiva com o presidente da Turquia, @RT_Erdogan”. “Nós discutimos o EI, nosso envolvimento mútuo na Síria e a retirada lenta e altamente coordenada das tropas americanas da área.”