Senador republicano viaja para inspecionar ajuda humanitária à Venezuela
Marco Rubio divulgou fotos na cidade colombiana de Cúcuta, onde estão armazenados os itens que deverão ser enviados para o país no próximo sábado
O senador americano Marco Rubio desembarcou, neste domingo 17, na cidade colombiana de Cúcuta, próxima à fronteira com a Venezuela. Ligado ao governo de Donald Trump, Rubio está na região com a missão de supervisionar a ajuda humanitária ali armazenada, que deve ser enviada para solo venezuelano a partir do próximo sábado – contrariando, assim, determinação de Nicolás Maduro, que desautorizou os envios.
“Cheguei à Colômbia nesta manhã. Hoje chegará uma grande quantidade de ajuda humanitária para a Venezuela. Vou me reunir com os funcionários que lideram o esforço de armazenar a ajuda na fronteira e prepará-la para entregá-la ao povo sofrido da Venezuela”, informou pelo Twitter a assessoria de imprensa de Rubio, que é do partido Republicano.
Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela e líder da oposição a Nicolás Maduro, agradeceu nas redes sociais a visita de Rubio: “o mundo tem posto seus olhos sobre a luta que estamos realizando na Venezuela. Obrigado, Senador Marco Rubio, por acompanhar todo esse nobre esforço para conseguimor a ajuda humanitária. Nós venezuelanos estaremos livres para fazer história neste 23 de fevereiro [data em que a ajuda deve ser enviada”, publicou no Twitter.
Neste domingo, a oposição na Venezuela instalou vários acampamentos pelo país, nos quais milhares de pessoas já se registraram para receber a ajuda humanitária que está armazenada na cidade colombiana de Cúcuta.
O deputado de oposição Winston Flores conversou com a imprensa em um desses acampamentos, no bairro de Macarao, em Caracas. Segundo o parlamentar, o domingo foi dedicado à “classificação e triagem” de doenças entre a população mais vulnerável, principalmente crianças e idosos.
“É um trabalho essencial para que tenhamos essa ideia do que será a avalanche em 23 de fevereiro, quando ocorrerá a entrada dessa ajuda humanitária, em massa, que os venezuelanos tanto necessitam”, comentou ao portal “VPI”.
Flores disse que já foi possível distribuir “alguns remédios” para hipertensão e diabetes, desde que os pacientes contassem com a receita médica.
Os primeiros dados coletados neste acampamento de Caracas mostram que doenças de pele, diabetes, hipertensão, Parkinson, osteoporose e desnutrição – em crianças – são os casos mais comuns entre a população desfavorecida na capital venezuelana.