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Senador Rubio quer parceria Trump-Bolsonaro para conter China e Rússia

Republicano defende apoio dos EUA ao ingresso do Brasil na OCDE e cooperação para evitar que o aeroporto de São Paulo se torne porta para terroristas

Por Da Redação
Atualizado em 31 jan 2019, 17h49 - Publicado em 31 jan 2019, 17h23

Em artigo para a rede de televisão CNN, o senador americano Marco Rubio defendeu a aproximação dos Estados Unidos e o Brasil “forte, vibrante e democrático” de Jair Bolsonaro como meio de conter as “intenções malignas” da China e da Rússia na América Latina”. Rubio propôs ainda a cooperação técnica de militares e policiais dos Estados Unidos para a melhoria da segurança do aeroporto internacional de São Paulo. O objetivo seria “assegurar que terroristas não o estejam usando como porta de entrada para as Américas”.

Representante da Flórida no Senado, o republicano é uma dos principais vozes no Congresso para temas de América Latina. Em uma nova parceria estratégica entre Washington e Brasília, Rubio defende o fortalecimento de laços de defesa, o investimento no comércio bilateral e a cooperação no setor de energia. Também mencionou a necessidade de os Estados Unidos mudarem sua posição e apoiarem o ingresso pleno do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

A inclusão do Brasil à OCDE, formado por 36 países, daria um “selo de qualidade” à economia do Brasil, segundo Rubio. O ingresso foi postergado pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, propensos a estreitar relações com o mundo em desenvolvimento. O pedido de entrada do Brasil tramita desde junho de 2017, mas sua aprovação é contida pelos Estados Unidos. Os únicos integrantes latino-americanos são México, Colômbia e Chile.

No artigo, Rubio afirma que o ingresso do Brasil na OCDE ajudaria Bolsonaro a delinear uma pretendida economia de mercado e estabilizar as contas públicas. “Segunda maior economia no Hemisfério Ocidental e oitava maior do mundo, o Brasil é atualmente um parceiro-chave da OCDE. Mas careceu de apoio formal dos Estados Unidos por causa do desejo das lideranças brasileiras, no passado, de se alinhar mais com o mundo em desenvolvimento e de apoiar políticas conflitantes com os princípios do grupo”.

Para o senador, os “governos de esquerda” minaram a estabilidade econômica e política do Brasil, causando alta na inflação e nas taxas de pobreza e declínio da renda per capita. A referência, porém, diz respeito exclusivamente ao governo de Dilma Rousseff. O governo de Bolsonaro, em seu ponto de vista, abre uma nova oportunidade de “garantir uma aliança estratégica forte com nossa nação que poderia beneficiar o povo brasileiro”.

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Venezuela

Ao mencionar a situação política na Venezuela, Rubio afirmou que Trump deveria “trabalhar para expandir o papel do Brasil no Grupo de Lima” com o objetivo de promover a redemocratização da Venezuela. Os Estados Unidos, no entanto, não fazem parte do Grupo de Lima e não teriam como influenciar a escalada de poder do Brasil dentro desse fórum.

Rubio defendeu ainda a ajuda de Washington para o Brasil lidar com a crise humanitária venezuelana, que leva à emigração de milhares de cidadãos desse país ao exterior.

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