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‘Serão eleições difíceis’, admite Johnson sobre pleito em 12 de dezembro

Premiê do Reino Unido espera reconquistar a maioria absoluta no Parlamento e se apresentar como o grande defensor do Brexit

Por Da Redação
30 out 2019, 10h04
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  • O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se prepara para eleições “difíceis”, após a votação do Parlamento que aprovou a convocação de legislativas antecipadas em dezembro, em mais uma tentativa de destravar o Brexit.

    Após três votações contrárias, os deputados aprovaram na terça-feira 29, por ampla maioria, a organização de eleições em 12 de dezembro para tentar solucionar a complexa questão do Brexit, que divide o país desde o referendo de 2016.

    “É hora de o país se unir, aplicar o Brexit e avançar”, disse Boris Johnson a um grupo de políticos conservadores. “Serão eleições difíceis e vamos fazer o melhor possível”, acrescentou.

    O premiê espera conquistar a maioria absoluta no Parlamento, que seu atual governo não tem, e se apresentar como o grande defensor do Brexit.

    Em caso de vitória ampla, Johnson terá o caminho livre para aprovar o acordo de divórcio negociado com a União Europeia (UE) – cuja ratificação fracassou no Parlamento – e cumprir a promessa de retirar o Reino Unido do bloco.

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    Apesar de sua promessa de aplicar o Brexit “aconteça o que acontecer” em 31 de outubro, o primeiro-ministro foi obrigado a solicitar um novo adiamento de três meses aos europeus.

    Johnson lidera as pesquisas, com 10 pontos de vantagem, mas as eleições representam um risco. O premiê pode perder votos entre a ala mais pró-UE de seu eleitorado, assim como no setor que deseja um Brexit duro, que poderia optar pela legenda do radical Nigel Farage, o Partido do Brexit.

    Os trabalhistas, principal partido de oposição, querem vencer para negociar um novo acordo com a UE e submetê-lo a um referendo. Em caso de rejeição o Brexit seria anulado.

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    O partido independentista escocês SNP, pró-UE, também deseja um novo referendo e espera retomar o debate da questão da independência da Escócia.

    O Partido Liberal-Democrata, em um bom momento nas pesquisas, promete anular diretamente o Brexit.

    As eleições gerais, que em tese deveriam acontecer apenas em 2022, serão as terceiras em apenas quatro anos, após a votação antecipada de 2017, também provocada pelo Brexit, dois anos depois das eleições de 2015.

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    A convocação das eleições ainda depende do aval da Câmara dos Lordes nesta quarta-feira, 30, mas a votação é considerada apenas uma formalidade. O Parlamento deve ter a dissolução anunciada em 6 de novembro.

    (Com AFP)

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