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Sete parlamentares deixam o Partido Trabalhista britânico

Grupo, que continuará mandatos de forma independente, acusa seus antigos aliados de se entregarem aos interesses da extrema-esquerda

Por Da Redação
18 fev 2019, 14h25
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  • Luciana Berger, parlamentar judia, foi vítima de ataques virtuais por sua religião e denunciou a omissão de Corbyn. Ela se disse "envergonhada" de fazer parte do Partido Trabalhista - 18/02/2019 (Simon Dawson/Reuters)

    Sete parlamentares abandonaram o Partido Trabalhista britânico nesta segunda-feira, 18. Membros da oposição à primeira-ministra Theresa May, eles deixaram a legenda em protesto à abordagem de seu líder, Jeremy Corbyn, em relação ao acordo de saída da União Europeia e também por antissemitismo.

    Uma das deputadas, a judia Luciana Berger, afirmou que os trabalhistas se tornaram institucionalmente antissemitas e que ela estava “envergonhada” de continuar no partido. Berger foi vítima de ataques virtuais por sua religião e sofreu duas moções de desconfiança por comentários sobre o preconceito de Corbyn, que rondam o político desde 2015, quando ele assumiu a liderança da oposição.

    Denúncias de outros trabalhistas revelaram que o político britânico era membro de um grupo secreto no Facebook, o Palestine Live, que posta conteúdo explicitamente antissemita, incluindo negações do Holocausto e teorias da conspiração em que os judeus seriam os responsáveis por ataques como o 11 de setembro. Além disso, em 2017, Corbyn demonstrou apoio a um muro pintado pelo artista americano Mear One que representava diversas figuras nazistas. A obra foi apagada por seu caráter controverso. 

    Chuka Umunna, Chris Leslie, Angela Smith, Mike Gapes, Gavin Shuker e Ann Coffey se juntaram a Berger em suas reclamações e exercerão seus cargos no Parlamento como o Grupo Independente. Antes, no sábado 16, o trabalhista Michael Dugher, que foi conselheiro do ex-primeiro-ministro Gordon Brown, já havia anunciado sua desfiliação do partido em solidariedade a colega e contra a omissão de Corbyn em responder aos ataques contra o judaísmo.

    “As reclamações são levadas para a alta cúpula do partido repetidas vezes. Mas frequentemente eles dão passe livre para os intolerantes”, afirmou Dugher, que também dirigiu o Trabalhistas Amigos de Israel (LFI), formado por políticos da legenda que são contra a formação de um Estado palestino e o boicote do Reino Unido a instituições israelenses.

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    Umunna, outro dos desertores, pediu que os parlamentares, inclusive de outros partidos, sigam o exemplo dos que “tomaram o primeiro passo” e se juntem a eles na “construção de uma nova política.”

    “A política está corrompida, mas isto não tem que ser dessa forma. Vamos mudá-la”, disse o político, em um evento organizado em Londres para anunciar o rompimento com os trabalhistas. Ele garantiu que não haverá uma fusão com os liberal democratas e que o grupo quer “construir uma nova alternativa.”

    Já o parlamentar independente Chris Leslie acusou seu antigo partido de trair os interesses fundamentais de seus membros: “o Partido Trabalhista ao qual nos juntamos, pelo qual fizemos campanha e no qual acreditamos não é o mesmo de hoje. Fizemos o que podíamos para salvá-lo, mas ele foi sequestrado pela máquina política da extrema esquerda.”

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    O Grupo Independente lançou um site e um perfil no Twitter para propagar sua plataforma. Em um comunicado de lançamento das suas diretrizes, eles firmam suas propostas para economia, serviços públicos e segurança, assim como para o Brexit, dizendo que seu objetivo é “buscar políticas fundadas em evidências em vez de dominadas por ideologia.” Chris Leslie afirmou que os sete devem fazer sua primeira reunião oficial “nos próximos dias” para “designar papeis e responsabilidades.”

    Em resposta ao anúncio, Corbyn disse estar “desapontado” com os parlamentares que não se sentiram capazes de continuar trabalhando pelas políticas que “inspiraram milhões” nas eleições de 2017 e que levaram a maior votação do Partido Trabalhista desde 1945. “Os trabalhistas ganharam as pessoas por um programa para a maioria e não para poucos, redistribuindo fortuna e poder, devolvendo recursos vitais ao comando público, investindo em todas as regiões e discutindo as mudanças climáticas.”

    “O governo conservador está estragando o Brexit, enquanto nós estamos estabelecendo um plano agregador e crível”, completou o líder da oposição, não deixando de alfinetar May, que vem enfrentando forte resistência ao seu acordo para a saída da União Europeia.

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