A Coreia do Sul aprovou nesta quinta-feira um plano de envio de ajuda no valor de 8 milhões de dólares à Coreia do Norte. Seul disse que pretende enviar 4,5 milhões de dólares em produtos nutricionais para crianças e gestantes por meio do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e 3,5 milhões de dólares em vacinas e tratamentos médicos por meio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês).
A decisão não foi popular no país sul-coreano, afetando o índice de aprovação do presidente Moon Jae-in. A medida também causou preocupação aos Estados Unidos e ao Japão, vindo na esteira de novas sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Pyongyang em reação ao sexto teste nuclear do país, no início deste mês.
O Ministério da Unificação sul-coreano disse que sua política de assistência não foi afetada pelas tensões geopolíticas com o vizinho do norte. O momento exato do envio do auxílio será confirmado mais tarde, informou a pasta em um comunicado. “Temos dito constantemente que forneceríamos ajuda humanitária à Coreia do Norte levando em consideração as condições ruins das crianças e gestantes, à parte das questões políticas”, disse o ministro da Unificação, Cho Myong-gyon.
Cão que ladra
Também nesta quinta-feira, o ministro das Relações exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho, comparou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a um “cão que ladra mas não morde”, depois de o líder americano alertar que irá “destruir totalmente” a Coreia do Norte se esta ameaçar os Estados Unidos e seus aliados.
O chanceler chinês, Wang Yi, disse que a situação na Península Coreana está se tornando mais séria a cada dia e que não se pode permitir que saia do controle. “Pedimos a todas as partes para que fiquem mais calmas e não deixem que a situação saia do controle”, disse Wang, segundo o serviço de notícias estatal da China.
Em um encontro separado com seu colega sul-coreano, Kang Kyung-wha, Wang reiterou o pedido para a Coreia do Sul desmontar o sistema antimísseis norte-americano Thaad, que Pequim afirma ser uma ameaça à sua própria segurança. “A China espera que a Coreia do Sul faça esforços para reduzir a tensão”, disse Wang, segundo uma reportagem da agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
(com Reuters)