Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

“Só não me faça dançar”, diz embaixador da Coreia do Sul no Brasil

Lim Ki-mo afirma que se sente em casa numa roda de samba e confessa que gostou quando os vídeos de suas cantorias viralizaram

Por Paula Freitas Atualizado em 3 jun 2024, 16h42 - Publicado em 25 Maio 2024, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Como descobriu os ritmos brasileiros? Escuto samba e pagode desde jovem, na Coreia. Quando assumi a embaixada no Brasil, comecei a aprender português, e cantar me ajudou muito. Fico mais alegre, relaxado, memorizando o som e o significado das letras. Essas canções passaram a fazer parte da minha vida.

    Entende tudo? Português é difícil para um coreano. As estruturas das duas línguas são completamente diferentes. Mas, como escuto o mesmo samba várias vezes, eu acabo entendendo quase tudo o que está lá.

    Esperava a repercussão dos vídeos? Nem sabia que estavam nas redes. Não sou bom nisso. Gente que nem conheço viu, postou, e confesso que gostei da repercussão. Para quem quiser ver ao vivo, aliás, vou cantar no Clube do Choro, em Brasília, no dia 4 de junho.

    O que mais escuta, além de samba e pagode? Adoro Cheia de Manias, do Raça Negra. Conheci pessoalmente o cantor, o Luiz Carlos, e até bebemos juntos. Também aprecio sertanejos e o funk de Anitta e Ludmilla. Só não me faça dançar daquela maneira. Para mim, é outro planeta. Coreanos não têm esse jeito. Vão para o karaokê e praticamente não se mexem.

    Além da música, se identifica com outros aspectos da cultura local? Estou assimilando esse modo de viver dos brasileiros, mais extrovertido, convivendo o tempo todo com as pessoas. Por outro lado, tenho comigo um hábito bem coreano, de saber aproveitar o tempo sozinho.

    Continua após a publicidade

    Como escolheu seu nome brasileiro? Meu primeiro nome é Ki-mo e meu sobrenome, Lim. O que fiz foi abrasileirar para Guilherme Lima. Achei parecido.

    É fã do k-pop? Muito. Gosto da liberdade contida no k-pop, a mesma que vejo no samba e no pagode. Todos esses ritmos guardam, inclusive, semelhanças nos temas. Acho que os brasileiros têm aí um instrumento de soft power que podem disseminar. Tenho certeza de que as pessoas vão entender e amar mais o Brasil a partir dessas canções.

    Samba combina com diplomacia? O samba pode ser útil à diplomacia, sim. No G20, evento global do qual vou participar, seria ótimo que tocassem, por exemplo, O Bem, de Arlindo Cruz. “O bem é o verdadeiro amigo / É quem dá o abrigo / É quem estende a mão.” Estamos precisando de mensagens de paz.

    Publicado em VEJA de 24 de maio de 2024, edição nº 2894

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.