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Sob ameaça de votos de não confiança, Macron diz que não vai renunciar

Moções contra governo foram movidas pela França Insubmissa, de esquerda radical, e pelo Reagrupamento Nacional (RN), de extrema direita

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 out 2025, 12h16

O presidente da França, Emmanuel Macron, rejeitou nesta segunda-feira, 13, qualquer possibilidade de renúncia, apesar da possibilidade de queda do governo por dois votos de confiança ao longo da semana. Na última sexta-feira, 10, ele anunciou que Sébastien Lecornu seria reconduzido ao cargo de primeiro-ministro do país. Lecornu, que havia renunciado quatro dias antes por falhar em angariar apoio para aprovar o orçamento de 2026, afirmou que aceitou a missão “por dever”.

“Eu garanto a continuidade e a estabilidade, e continuarei a fazê-lo”, disse Macron após chegar ao Egito para cúpula sobre o fim da guerra em Gaza, apelando para que a população não esqueça que a função de um presidente é “servir, servir e servir”.

As moções contra o governo foram movidas nesta segunda pelos partidos França Insubmissa (LFI, na sigla em francês), de esquerda radical, e Reagrupamento Nacional (RN), de extrema direita. Acredita-se que uma das votações terá palco na quinta-feira, 16. Imerso na crise política, o premiê precisa do apoio dos socialistas, ainda indecisos, para permanecer no poder. Eles, contudo, demandam que Lecornu revogue a reforma previdenciária e taxe os bilionários, medidas rejeitadas pela direita.

“Não haverá censura se o primeiro-ministro se comprometer a abandonar o Artigo 49.3 e suspender a reforma da previdência”, disse o parlamentar socialista Philippe Brun à agência de notícias Reuters, referindo-se ao mecanismo constitucional usado para driblar o Parlamento e aprovar uma legislação sem votação no legislativo.

+ Macron nomeia Sébastien Lecornu como premiê da França, 4 dias após renúncia 

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Crise política

Em sua primeira passagem pelo cargo, Lecornu se tornou o premiê de mandato mais curto da Quinta República Francesa, estabelecida em 1958, quando renunciou apenas 14 horas após anunciar seu gabinete, e 27 dias depois de substituir seu antecessor, François Bayrou. A crise expõe a fragilidade do governo Macron, que já perdeu quatro primeiros-ministros em pouco mais de um ano.

Ao longo da semana passada, ele abriu negociações com diferentes siglas, em especial os socialistas, que sinalizaram abertura para apoiar medidas pontuais, mas rejeitaram integrar formalmente um governo com os aliados de Macron. A centro-direita, por sua vez, deixou em aberto a possibilidade de compor um gabinete “de plataforma comum” (socle commun), mas resiste a qualquer coalizão com a esquerda.

O maior obstáculo do impasse político francês continua sendo a aprovação do orçamento de 2026, que prevê cortes de gastos para reduzir o déficit público — hoje em 168,6 bilhões de euros, o dobro do limite estabelecido pela União Europeia. A proposta encontrou rejeição tanto da extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, quanto da esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon, do França Insubmissa, além de descontentar setores centristas que compõem a base de Macron.

Outro ponto de tensão é a reforma da Previdência, aprovada em 2023, que elevou a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos e segue extremamente impopular, a suspensão da medida, no entanto, custaria bilhões de euros aos cofres públicos em um momento de ajuste fiscal.

Sem maioria no Parlamento, dividido em três blocos que não se suportam, Macron vinha sofrendo pressão para convocar novas eleições legislativas para renovar a Assembleia Nacional, na esperança de que a reconfiguração interrompa os impasses. Pesquisas apontam crescimento do Reagrupamento Nacional, mas não o suficiente para que os radicais obtenham maioria absoluta, o que significa um resultado semelhante à atual fragmentação.

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