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Sob pressão, Estado Islâmico perde sua última grande cidade

Deir Ezzor é a maior e mais importante cidade do leste da Síria. Estava sob o comando dos terroristas desde 2014

Por AFP
Atualizado em 4 jun 2024, 20h20 - Publicado em 3 nov 2017, 16h40
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  • O grupo Estado Islâmico (EI) perdeu todas as grandes cidades sob seu controle no Iraque e na Síria após a reconquista de Deir Ezzor pelo Exército sírio na quinta-feira. Além disso, nesta sexta, as forças iraquianas recuperaram o controle de Al-Qaim, área desértica na fronteira entre os dois países.

    Deir Ezzor, localizada na margem oeste do rio Eufrates, é a maior e mais importante cidade do leste da Síria e o centro da produção petrolífera da nação. A cidade “era a sede dos principais líderes da organização. Ao perder o seu controle, perderam a capacidade de dirigir operações terroristas conduzidas por seus homens”, comemorou o comando do Exército sírio em um comunicado.

    Nesta sexta-feira, as forças iraquianas anunciaram suas próprias conquistas. Os terroristas também foram expulsos de um importante posto de fronteira, Husseiba, que liga o oeste do Iraque ao leste da Síria. Pouco depois, em um comunicado, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou a “libertação de Al-Qaim em um tempo recorde”. A operação começou esta manhã e terminou no final da tarde.

    ‘Fase final’

    “Deir Ezzor representa a fase final na eliminação total” do EI, afirmou o Exército sírio. O grupo extremista conquistou Deir Ezzor e sua província rica em petróleo em 2014, aproveitando o caos gerado pela guerra na Síria, desencadeada em 2011 pela repressão do regime aos protestos pró-democracia.

    Alguns bairros da cidade ficaram totalmente destruídos após a ocupação dos terroristas: edifícios desabaram e algumas fachadas explodiram. As trincheiras escavadas pelos jihadistas ainda são visíveis. Nesta sexta, as unidades de Engenharia do exército sírio atuavam para neutralizar as minas e outros artefatos explosivos espalhados pelo EI na cidade, de acordo com a imprensa estatal.

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    Nos últimos meses, o EI sofreu uma série de derrotas na Síria e no Iraque. No decorrer das batalhas, os extremistas foram expulsos de todas as grandes cidades que conquistaram: pelas forças iraquianas em Mossul em julho e por uma coalizão curdo-árabe apoiada por Washington em Raqa em outubro.

    O grupo que proclamou em 2014 um “califado” nas vastas regiões sob controle entre os dois países, tem visto seu território encolher rapidamente. Os jihadistas estão agora restritos a uma área desértica na fronteira entre o leste da Síria e o oeste do Iraque, ao longo do Vale do Eufrates. Eles também ainda controlam 35% da província de Deir Ezzor, onde fica a capital de mesmo nome recuperada nesta quinta.

    Ajuda russa

    O Exército da Rússia colabora para a retomada da província de Deir Ezzor. Um submarino e seis aviões bombardeiros Tu-22M3 de longa distância realizaram um grande ataque com mísseis e bombas contra o Estado Islâmico nesta sexta. Esconderijos e estoques dos terroristas na cidade de Abu Kemal foram destruídos.

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    Só o submarino lançou seis mísseis de cruzeiro, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, General Igor Konashenkov. A operação foi realizada para auxiliar o avanço das tropas do Kremlin na região.

    Nos últimos três dias, os Tu-22M3 realizaram dezoito ataques contra os terroristas do EI no leste da Síria, de acordo com Konashenkov. Além disso, seus submarinos realizaram nove lançamentos do Mar Mediterrâneo.

    Depois dos ataques, todos os bombardeiros retornaram para a Rússia. Os submarinos continuam a realizar operações na área, ao lado de outros navios, de acordo com Konashenkov.

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