Sobe para quatro o número de mortos em conflitos na Venezuela
Regime de Nicolás Maduro reprime com violência os protestos liderados pela oposição
Mais duas pessoas morreram após participarem de protestos contra o governo de Nicolás Maduro em Caracas, capital da Venezuela. De acordo com a ONG Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS), já são quatro mortos desde que uma nova onda de manifestações contra o regime, liderada pelo opositor Juan Guaidó, se iniciou na terça-feira 30.
Na manhã desta quinta-feira, 2, foi confirmada a morte de Yoster Graterol, de 16 anos, em Aragua, nos arredores de Caracas. Também foi informado o óbito de Yoifre Jesús Hernández Vásquez em Altamira, no centro de Caracas, principal palco das mobilizações contra Maduro.
A morte de Vázquez é a segunda decorrente dos conflitos de quarta em Altamira, bairro em que está a base militar La Carlota, onde os atos por Guaidó começaram. A outra vítima foi Jurubith Rausseo García, de 27 anos. O protesto durou desde a manhã do 1º de maio até o fim da tarde, quando tropas avançaram sobre manifestantes usando gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e tiros de armas de fogo – que atingiram as duas vítimas em Altamira.
De acordo relatório da OVCS, 57 pessoas morreram em manifestações contra Maduro desde o início do ano.
Maduro
Na manhã desta quinta, Maduro participou de uma marcha ao lado de militares da Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) em Caracas. O movimento foi transmitido ao vivo em emissoras de rádio e TV e pelas redes sociais.
Aos militares, Maduro afirmou que “é hora de lutar e dar exemplo ao mundo”. O chavista também pediu que os soldados sejam “coerentes, leais e coesos” para derrotar as “tentativas de golpe” daqueles que “se vendem por dólares a Washington” e traem o país.