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Sobrinhos de Maduro pegam 18 anos de prisão por tráfico nos EUA

Os dois irmãos usavam passaporte diplomático para viajar e acertar o envio de cocaína para os Estados Unidos, onde foram julgados

Por EFE
Atualizado em 4 jun 2024, 17h11 - Publicado em 14 dez 2017, 22h02

A Justiça dos Estados Unidos condenou nesta quinta-feira dois sobrinhos do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a 18 anos de prisão por tráfico de drogas. A sentença contra Efraín Antonio Campo Flores e Franqui Francisco Flores de Freitas, que já estão detidos no país desde o fim de 2015, foi anunciada em audiência em um tribunal federal de Nova York.

Os dois venezuelanos tinham sido declarados culpados em 18 de novembro de 2016 por conspirar para importar e distribuir 800 quilos de cocaína nos Estados Unidos. Campo Flores, de 32 anos, e Flores de Freitas, de 31 anos, são sobrinhos de Cilia Flores, mulher de Maduro. Efraín foi criado pelo presidente e sua esposa.

A sentença foi imposta pelo juiz Paul Crotty em uma sala lotada do tribunal federal para o distrito sul de Nova York, onde os primos estiveram acompanhados de seus advogados. A promotoria federal tinha pedido ao juiz para que impusesse uma sentença não inferior a 30 anos de prisão para os venezuelanos e multas de 50.000 a 10 milhões de dólares.

Os dois venezuelanos foram detidos no Haiti em 10 de novembro de 2015 por agentes da Agência Antidrogas americana (DEA) e levados aos Estados Unidos para ser julgados.

Ambos tinham viajado ao Haiti em um avião privado e com passaporte diplomático. A viagem tinha como objetivo finalizar os acertos para enviar cocaína da Venezuela para Honduras e, de lá, para os Estados Unidos.

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No início, a defesa questionou a forma como os dois foram entregues às autoridades americanas, alegando que tiveram seus direitos violados. Eles estavam presos em uma penitenciária federal de Manhattan, perto da sede do tribunal, a mesma onde está o narcotraficante mexicano Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán.

Durante o julgamento, a promotoria apresentou fotos das reuniões que os então acusados tiveram em Honduras e Venezuela com dois informantes da DEA, pai e filho. Segundo as autoridades, os venezuelanos tinham conspirado para transportar cocaína para os Estados Unidos. Os primeiros contatos com os informantes da DEA aconteceram em outubro de 2015.

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