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Somente 6 em cada 100 venezuelanos acreditam em vitória de Maduro, diz pesquisa

Na segunda-feira, líder da oposição venezuelana, afirmou que Edmundo González assumirá como novo presidente em 10 de janeiro

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2024, 17h28 - Publicado em 13 ago 2024, 13h21
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  • Uma pesquisa da consultoria Cati Meganálisis divulgada pelo jornal venezuelano El Nacional nesta terça-feira, 13, mostra que apenas 6 entre 100 cidadãos da Venezuela acreditam que o resultado da eleição presidencial divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral é confiável. O órgão declarou a vitória de Nicolás Maduro, aprofundando uma indefinição que segue promovendo um estado de caos político no país.

    Segundo a pesquisa, 92,7% dos entrevistados dizem não acreditar que os resultados apresentados pelo Conselho Nacional são verdadeiros. O número de pessoas que acreditam que o vencedor foi o candidato da oposição, Edmundo González, chega a 93,4% dos entrevistados.

    + Edmundo González assumirá como presidente da Venezuela em 10 de janeiro, diz oposição

    Na madrugada de 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral do país anunciou a vitória de Maduro, mas até agora não apresentou os dados detalhados por mesa de votação.

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    A oposição denunciou fraudes e afirmou estar em posse de 80% das atas, que comprovariam a vitória de Urrutia. O governo nega as irregularidades e classifica as provas como falsas. Segundo o CNE, Maduro foi eleito com 51,2% dos votos, enquanto González ficou com 44%. Já a contagem paralela, apresentada pela oposição, coloca González como vencedor do pleito, com 67% dos votos.

    Na segunda-feira, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou que González assumirá como novo presidente em 10 de janeiro, data em que termina o atual mandato de Maduro.

    A indefinição eleitoral no país segue promovendo um estado de caos político. Os dados mais recentes, da última terça-feira, contabilizam ao menos 24 mortos e 2.200 detidos nos protestos que eclodiram após o anúncio de reeleição de Maduro. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos manifestou nesta terça profunda preocupação com o elevado número de “prisões arbitrárias” e o “uso desproporcional” da força para reprimir manifestantes que foram às ruas contra a reeleição de Maduro.

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    No sábado, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano informou que iniciou uma auditoria das eleições. A presidente da corte, Caryslia Rodríguez, afirmou que a decisão sobre a legitimidade do pleito terá “caráter inapelável” e será de “cumprimento obrigatório”.

    O TSJ é alinhado ao chavismo e realizará a perícia a pedido do próprio Maduro.

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