As autoridades do Sri Lanka reduziram o total de mortos na série de oito atentados que abalaram o país no domingo de Páscoa. Nesta quinta-feira, 25, o número caiu de 359 para 253, uma diferença de 106. O motivo causou constrangimento e horror: como as explosões provocaram mutilações, dezenas de vítimas foram contabilizadas mais de uma vez.
“No dia de hoje, o número de mortos no ataque terrorista de domingo foi revisado para 253, e não 359 como tinha sido reportado inicialmente”, disse o diretor do Departamento de Comunicação do Ministério da Saúde, Prasanna Adikari, em comunicado.
A apuração anterior foi corrigida, completou Adikari, “seguindo o complicado processo de contabilizar os corpos no necrotério de Colombo”. Houve comparação de necropsias e exames de DNA. “Várias das vítimas ficaram muito mutiladas, houve uma dupla recontagem em alguns casos”, disse o ministério.
Os ataques aconteceram no domingo 21 de forma quase simultânea em três hotéis de luxo, três igrejas e um condomínio residencial em Colombo e também em uma pousada a cerca de dez quilômetros da capital. ove suicidas portando potentes explosivos. A maioria dos terroristas era de classe média alta.
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), que teria vínculos com o grupo terrorista local National Thowheeth Jamath (NTJ). Mas o governo do Sri Lanka suspeita de outros vínculos estrangeiros do NTJ.
O massacre foi provocado por razões religiosas. No Sri Lanka a população cristã representa 7,4%, enquanto budistas 70,2%, hinduístas 12,6% e muçulmanos 9,7%, segundo dados do censo de 2011.
(Com EFE e AFP)