O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, anunciou nesta terça-feira, 23, a reestruturação dos órgãos de segurança do país depois de evidenciadas falhas que poderiam ter evitado os atentados que mataram 321 pessoas no domingo de Páscoa. A mudança se dará nas próximas 24 horas e incluirão as agências de inteligência, a polícia e as Forças Armadas.
“Os funcionários responsáveis pelos serviços de inteligência do Estado, que receberam essas informações (sobre os planos de ataque), não as compartilharam comigo. Se tivessem me informado, poderíamos ter agido imediatamente”, disse o presidente em discurso.
A série de oito explosões domingo atingiu de forma quase simultâneas três hotéis de luxo de Colombo, três igrejas, uma posada e um complexo residencial em Dematagoda. Segundo o último balanço divulgado pelo governo, 521 pessoas ficaram feridas, das quais 375 continuam internadas em diversos hospitais do país. Entre os 321 mortos, 45 são crianças.
O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela série de atentados em comunicado. A Interpol e o FBI colaboram com o governo cingalês para confirmar a autoria, que originalmente pesou sobre o National Thowheet Jama’ath (NTJ), grupo extremista islâmico local. O próprio governo, porém, considera a possibilidade de o NTJ ter recebido ajuda exterior.
Atentados desta magnitude não ocorriam no Sri Lanka desde a guerra civil entre os guerrilheiros do grupo Tigres Tâmeis e o governo. O conflito, que terminou em 2009, durou 26 anos e deixou 40.000 civis mortos.
(Com EFE)