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APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

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Suécia pode voltar a ter governo de direita após oito anos

Com 90% das urnas apuradas, coalizão de direita deve vencer atual governo; extrema-direita caminha para ser segundo maior partido do país

Por Matheus Deccache 12 set 2022, 15h35
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  • ESTOCOLMO, SUÉCIA - 16 DE MAIO: A primeira-ministra sueca Magdalena Andersson e o líder da oposição Ulf Kristersson, líder do Partido Moderado, anunciam a intenção dos países de se candidatar à adesão à OTAN em Rosenbad em 16 de maio de 2022 em Estocolmo, Suécia.
    ESTOCOLMO, SUÉCIA - 16 DE MAIO: A primeira-ministra sueca Magdalena Andersson e o líder da oposição Ulf Kristersson, líder do Partido Moderado, anunciam a intenção dos países de se candidatar à adesão à OTAN em Rosenbad em 16 de maio de 2022 em Estocolmo, Suécia. (Nils Petter Nilsson/Getty Images)

    A coalizão composta por partidos de direita está próxima de assumir o governo da Suécia pela primeira vez nos últimos oito anos, de acordo com resultado parcial das eleições nacionais. Até a noite do último domingo, 11, 90% das urnas já haviam sido apuradas. 

    De acordo com a apuração, o grupo composto pelos Moderados, Democratas Suecos, Democratas Cristãos e Liberais conquistaram 176 assentos no Parlamento, contra 173 do bloco de centro-esquerda. 

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    Em mais um sinal de guinada rumo à direita, os Democratas Suecos, da extrema-direita nacionalista, devem ultrapassar os Moderados como o segundo maior partido sueco. Com uma agenda anti-imigração, o grupo político pode causar uma mudança histórica em um país que se orgulha de sua tolerância. 

    O resultado final deve ser revelado apenas na próxima quarta-feira, 14, mas tudo indica que o líder moderado Ulf Kristersson deverá ser o candidato da direita ao cargo de primeiro-ministro. 

    “Não sabemos qual será o resultado. Mas estou pronto para fazer tudo o que puder para formar um governo novo, estável e vigoroso para toda a Suécia e todos os seus cidadãos”, disse ele a apoiadores. 

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    No entanto, a atual premiê, Magdalena Andersson, disse que a votação ainda está muito apertada para assumir qualquer derrota e definir um vencedor. 

    Kristersson afirmou que pretende formar um governo com os democratas-cristãos e os liberais, e que manteria o apoio dos democratas suecos apenas no Parlamento. Analistas, porém, acreditam que ele precisará se aproximar mais destes últimos, uma vez que devem se tornar o segundo maior partido do país. 

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    “No momento, parece que haverá uma mudança de poder. Nossa ambição é ficar no governo. Doze anos atrás, entramos no Parlamento, quando conseguimos 5,7% dos votos. Agora temos 20,7%”, disse o líder democrata Jimmie Akesson a apoiadores em um evento depois da votação. 

    A questão da segurança pública foi um dos temas centrais dessas eleições, principalmente devido ao aumento no número de tiroteios entre gangues no país, o que assustou a população. Além disso, o aumento da inflação e a crise energética causadas pela guerra na Ucrânia também ocupam o centro das discussões. 

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    Se por um lado a direita apareceu com um discurso firme contra o crime organizado, o que inflamou os eleitores, o governo social-democrata apresentou soluções para lidar com os problemas econômicos. Antes de se tornar a primeira mulher premiê da Suécia, em 2021, Andersson ocupou por anos o cargo de ministra das Finanças. 

    Quando Kristersson assumiu como líder dos Moderados em 2017, os Democratas Suecos, partido anti-imigração com supremacistas brancos entre seus fundadores, foram evitados pela direita e pela esquerda durante as negociações para formação de governo.

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    No entanto, ele aprofundou gradualmente os laços entre os partidos desde a derrota nas eleições de 2018, e os democratas suecos são cada vez mais vistos como parte da direita dominante.

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