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‘Superlua azul de sangue’ oferece espetáculo raro

Acontecimento que combinou diversos fenômenos astronômicos pôde ser visto na América do Norte, Rússia e Ásia. No Brasil, apenas a superlua será visível

Por AFP
Atualizado em 1 fev 2018, 12h26 - Publicado em 31 jan 2018, 17h50
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  • Muito próxima, grande e “sanguínea”: um eclipse lunar total particularmente raro oferece nesta quarta-feira um espetáculo impressionante e visível em boa parte do planeta. O fenômeno foi batizado de “Superlua azul de sangue“.

    Em plena noite, milhares de pessoas se reuniram na Califórnia para ver a Lua desaparecer, privada dos raios do Sol, antes de reaparecer tingida de vermelho, daí o nome de “lua de sangue”.

    Ela também é chamada de “azul” por ser a segunda lua cheia em um mês – um nome que não se refere à cor da lua, mas sim à raridade do fenômeno, que ocorre em média a cada dois anos e meio. Já o “superlua” vem do fato de o satélite estar no perigeu, o ponto de sua trajetória mais próximo da Terra, podendo parecer até 30% maior e 14% mais brilhante.

    Alguns esperaram mais de cinco horas na esperança de encontrar um bom lugar no Observatório Griffith, em Los Angeles, que abriu às 3h30 para receber 2.000 espectadores.

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    O eclipse começou por volta das 3h45 (9h45 de Brasília), com uma sombra escura avançando sobre a Lua branca. Uma hora depois, ela estava mergulhada na escuridão e então, à medida que se revelava novamente, tons de cobre coloriram sua superfície.

    O show pode ser admirado da América do Norte, Rússia, Ásia e Oceano Pacífico. A maior parte da Europa, África e América do Sul, no entanto, não verão o eclipse – mas ainda poderão observar a superlua.

    Na América do Norte, no Alasca ou Havaí, o eclipse foi visível antes do nascer do Sol. No Oriente Médio, Ásia, Rússia oriental, Austrália e na Nova Zelândia, o espetáculo acontecia no nascer da Lua, ao final da tarde de quarta-feira.

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    Presente raro

    A tonalidade vermelha da lua, que não produz sua própria luz, resulta de um fenômeno luminoso: os raios do Sol que atravessam a atmosfera terrestre são “difundidos” (refletidos), com exceção dos raios vermelhos.

    “A cor vermelha que aparece durante um eclipse lunar é muito especial, é um presente raro de poder observar uma lua de sangue”, ressalta Brian Rachford, professor associado de física da Universidade Americana de Embry-Riddle Aeronautical.

     

    O eclipse ocorreu apenas 27 horas após a Lua ter atingido o ponto orbital mais próximo do nosso planeta, chamado perigeu. Apareceu um pouco maior do que o habitual, “cerca de 7% em relação a uma lua média, o que tornará mais fácil distinguir a olho nu as áreas escuras e os contrastes”, aponta o Observatório de Paris.

    A última “superlua azul de sangue” ocorreu em 30 de dezembro de 1982 e foi visível na Europa, África e Ásia Ocidental. Na América do Norte a ocorrência é ainda mais antiga, há 152 anos, em 31 de março de 1866. O próximo fenômeno semelhante está agendado para 31 de janeiro de 2037.

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