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Taiwan diz rejeitar modelo de ‘um país, dois sistemas’ da China

'Somente o povo de Taiwan pode decidir seu futuro', disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Joanne Ou

Por Da Redação
11 ago 2022, 08h57
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  • Taiwan President Tsai Ing-wen speaks during a US-Taiwan collaboration event in Taipei in December 2021. The US House of Representatives on 4 February 2022 passed a law allowing better cooperations and relations with Taiwan, and increasing measures to compete with China, amid rising Beijing tensions -with Taipei. (Photo by Ceng Shou Yi/NurPhoto via Getty Images)
    'Diante das recentes provocações militares da China, as Forças Armadas do país estão na linha de frente, e seus deveres só serão mais onerosos e a pressão será ainda maior', disse Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan - 01/12/2021 (Ceng Shou Yi/Getty Images)

    O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan afirmou nesta quinta-feira, 11, que a ilha rejeita o modelo de “um país, dois sistemas” proposto por Pequim.

    “Somente o povo de Taiwan pode decidir seu futuro”, disse a porta-voz do ministério, Joanne Ou, em entrevista coletiva.

    Ou acrescentou que a China usou a visita a Taipei da líder da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, como uma “desculpa para criar uma nova normalidade para intimidar o povo de Taiwan”.

    “Um país, dois sistemas” é um princípio constitucional da República Popular da China que, oficialmente, se aplica sobre a administração de Hong Kong e de Macau. O conceito significa que a China pratica o sistema socialista, enquanto Regiões Administrativas Especiais podem manter o sistema capitalista, democracia e um elevado grau de autonomia. No entanto, continuam subordinadas ao governo central.

    Taiwan não faz parte oficial deste princípio constitucional, porque é governada de forma autônoma. A ilha rebelde historicamente rejeita a fórmula aplicada em Hong Kong e Macau, reiterando vez e outra que só voltará ao controle de Pequim depois da democratização da China.

    A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, também disse nesta quinta-feira que as ameaças de força da China não diminuíram, embora os maiores exercícios militares de Pequim em torno da ilha pareçam estar minguando.

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    Em resposta à visita de Pelosi, a China lançou mísseis balísticos e mobilizou várias aeronaves e navios de guerra nos últimos dias para simular ataques marítimos e aéreos. Na quarta-feira, disse que “concluiu várias tarefas” em Taiwan, mas vai manter patrulhas no Estreito.

    + ‘Não estamos com medo da China’, diz chanceler de Taiwan

    O gabinete de Tsai disse que Taiwan não aumentará o conflito nem provocará disputas, mas afirmou: “Defenderemos firmemente nossa soberania e segurança nacional e aderiremos à linha de defesa da democracia e da liberdade”.

    O Ministério da Defesa de Taiwan disse em comunicado que detectou, nesta quinta-feira, 21 aeronaves militares chinesas e seis navios navais chineses dentro e ao redor do Estreito de Taiwan, dos quais 11 aviões cruzaram a linha mediana. O número, no entanto, é inferior às 36 aeronaves e 10 navios detectados no dia anterior, quando 17 aeronaves cruzaram a linha mediana.

    Taiwan vive sob a ameaça de invasão chinesa desde 1949, quando o derrotado governo nacionalista da República da China fugiu para a ilha depois que o Partido Comunista de Mao Tsé-Tung venceu uma guerra civil.

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    A China diz que suas relações com Taiwan são um assunto interno e afirma ter o direito de controlar a ilha – inclusive pela força, se necessário. Mas a administração democraticamente eleita de Taiwan diz que a República Popular da China nunca governou a ilha, portanto não tem o direito de decidir seu futuro ou reivindicá-lo para si.

    “Diante das recentes provocações militares da China, as Forças Armadas do país estão na linha de frente, e seus deveres só serão mais onerosos e a pressão será ainda maior”, disse Tsai.

    Pequim não comunicou mais atividades militares nesta quinta-feira. No entanto, a guerra de palavras continua: o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que a “reunificação” seria inevitável um dia.

    “Estamos dispostos a criar um amplo espaço para a reunificação pacífica, mas nunca deixaremos espaço para todas as formas de atividades secessionistas para a independência de Taiwan”, afirmou.

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