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Talibã proíbe anticoncepcionais, taxando pílula de ‘conspiração Ocidental’

Farmacêuticos em Cabul e Mazar-i-Sharif disseram que talibãs vêm de porta em porta ameaçando parteiras e limpando prateleiras de farmácias, diz Guardian

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2023, 09h13 - Publicado em 17 fev 2023, 09h01
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  • O Talibã proibiu a venda de anticoncepcionais em duas das principais cidades do Afeganistão, Cabul e Mazar-i-Sharif, alegando que seu uso por mulheres é uma “conspiração do Ocidente” para controlar a população muçulmana.

    + Talibã um ano depois: legado de fome, miséria e desrespeito às mulheres

    Segundo uma investigação do jornal britânico The Guardian, combatentes do Talibã vão de porta em porta, ameaçando parteiras e limpando as prateleiras de todos os medicamentos e dispositivos anticoncepcionais.

    “Itens como pílulas anticoncepcionais e injeções de Depo-Provera não podem estar na farmácia desde o início deste mês, e estamos com muito medo de vender o estoque existente”, disse um lojista em Cabul ao Guardian.

    + Qual o preço pela cabeça do novo líder da Al Qaeda

    Este é apenas o mais recente ataque aos direitos das mulheres pelo Talibã. Desde que chegou ao poder, em agosto de 2021, proibiu o ensino superior para meninas e fechou universidades para mulheres, forçou as mulheres a deixarem seus empregos e restringiu sua liberdade para sair de casa.

    Banir anticoncepcionais é uma medida significativa em uma nação com um sistema de saúde já frágil, e onde de 61% a 72% das mulheres vivem na pobreza. Uma em cada 14 mulheres afegãs morre de causas relacionadas à gravidez, sendo do Afeganistão um dos países mais perigosos do mundo para dar à luz.

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    + O Talibã de hoje é igual ao de ontem

    Até agora, o Ministério da Saúde Pública do Talibã em Cabul não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o assunto.

    Ao Guardian, Shabnam Nasimi, uma ativista social que mora no Reino Unido, mas nasceu no Afeganistão, disse: “O controle do Talibã não apenas sobre o direito humano das mulheres de trabalhar e estudar, mas agora também sobre seus corpos, é ultrajante.”

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