A tempestade tropical Lane se afastou neste domingo (26) do litoral do Havaí com força muito menor do que aquela que exibia durante a semana. Deixou, porém, uma esteira de fortes chuvas que já entraram no livro dos recordes nos Estados Unidos.
O Serviço Meteorológico Nacional (NWS, em inglês) suspendeu quase todos os alertas que tinha emitido antes que o furacão Lane fosse rebaixado na sexta-feira (24) para uma tempestade tropical.
O único alerta que segue vigente é o que adverte para possíveis inundações na ilha central de Oahu, a mais populosa e onde se encontra a capital Honolulu.
A umidade persistente após a passagem da tempestade, cujo centro não chegou a tocar terra no arquipélago, seguiu provocando copiosas precipitações ao longo do fim de semana e ainda ameaça causar mais inundações e deslocamentos de terra, segundo as autoridades.
“Acredito que vamos continuar molhados até o começo da próxima semana. Mas não será tão intenso como antes”, disse o administrador de Defesa Civil do condado do Havaí, Talmadge Magno, ao jornal local The Honolulu Star Advertiser.
Segundo os estudos preliminares do NWS, Lane deixou a terceira maior quantidade de chuvas procedentes de um ciclone tropical nos Estados Unidos desde 1950, com 130 centímetros de precipitação entre quarta-feira (22) e domingo.
Essa quantidade só foi superada pelo furacão Hiki, que arrasou o Havaí em 1950 e deixou 132 centímetros, e pelo furacão Harvey, que devastou o Texas há um ano, e que tem o recorde absoluto com 153,9 centímetros de chuva.
Estragos
No sábado (25), Lane causou ventos de até 100 quilômetros por hora, forçando milhares de pessoas a procurar refúgio em abrigos.
Estradas e casas foram danificadas pelas fortes chuvas. Deslizamentos de terra também assustaram os moradores de parte do arquipélago.
A famosa praia de Waikiki, em Honolulu, teve que ser fechada, enquanto comerciantes e restauradores tentavam proteger seus estabelecimentos com a ajuda de sacos de areia.
Em maio, o vulcão Kilauea, localizado na Ilha do Havaí, entrou em erupção. A chuva que caiu sobre a região nos últimos dias entrou em contato com as rochas ainda quentes do vulcão, provocando uma grande nuvem de vapor e fumaça preta, que chamou a atenção dos moradores.
(Com EFE e AFP)