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Terremoto atinge Nápoles e reacende temores sobre supervulcão Campos Flégreos

Tremor, da mesma magnitude do ocorrido em maio passado, foi o mais forte desde o início da década de 1980

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 mar 2025, 15h48

Um terremoto de magnitude 4,4 foi registrado na cidade italiana de Nápoles e arredores na madrugada desta quinta-feira, 13, e levou centenas de pessoas a dormir nas ruas, com medo de desabamentos. O tremor, registrado à 1h25 (horário local), teve seu epicentro próximo à cidade costeira de Pozzuoli, de acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV). Além dos danos a edifícios, o abalo intensifica o receio de que a crescente atividade sísmica possa estar ligada ao despertar de um dos vulcões mais perigosos do mundo, os Campos Flégreos.

Equipes de resgate tiraram uma pessoa dos escombros de uma casa parcialmente desabada, segundo autoridades. Pequenos tremores secundários foram sentidos ao longo da madrugada, elevando a apreensão entre os moradores. Em Bagnoli, algumas pessoas chegaram a arrombar o portão de uma antiga base da Otan para buscar abrigo.

O terremoto também causou quedas de energia em algumas áreas de Nápoles, e muitas famílias preferiram passar a noite ao ar livre ou dentro de seus carros, temendo novos abalos.

O abalo foi o mais intenso na região desde o terremoto de Irpinia, em 1980, que atingiu magnitude 6,9 e deixou mais de 2.700 mortos. Em maio de 2024, um tremor de magnitude 4,4 atingiu a cidade de Pozzuoli causando rachaduras em edifícios e forçando muitos a abandonarem suas casas. Somente no ano passado, o INGV registrou cerca de 6 mil tremores na área, a maioria de baixa magnitude.

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Giovanni Macedonio, vulcanologista do INGV, explicou a VEJA que essa sequência de tremores está ligada ao bradissismo, um fenômeno geológico que provoca lentos ciclos de elevação e rebaixamento do solo. Embora os Campos Flégreos estejam inativos há cerca de cinco séculos — a última erupção ocorreu em 1538 —, Macedonio alerta que a história oferece lições valiosas. “A maioria dessas crises não resulta em erupções, mas, em ocasiões raras, como em 1538, a atividade sísmica pode anteceder um evento explosivo.”

Os Campos Flégreos, ou Campi Flegrei, são uma caldeira vulcânica gigantesca formada há cerca de dois milhões de anos, se estendem por 12 quilômetros a oeste de Nápoles, abrangendo desde áreas urbanas até ilhas como Capri e Ischia. Hoje, abriga 800 mil pessoas, além de shoppings, escolas e até uma estação de metrô. No entanto, 500 mil delas vivem na chamada “zona vermelha”, área de maior risco em caso de erupção. Nos últimos anos, a atividade sísmica na região tem se intensificado, o que mantém cientistas e autoridades em alerta.

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