Tesla faz recall de mais de 46 mil Cybertrucks nos EUA por fragilidade de peças
Esta é a oitava convocação, desde janeiro de 2024, para devolução da picape futurística produzida pela empresa do bilionário Elon Musk
A Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, convocou na quinta-feira 20 um recall de mais de 46 mil de seus Cybertrucks vendidos nos Estados Unidos, devido ao risco de que um painel externo de aço inoxidável possa se soltar durante a condução – um perigo potencial nas ruas.
Emitido pela Administração de Segurança no Tráfego em Rodovias Nacionais (NHTSA, na sigla em inglês), o recall afeta praticamente todas as unidades do veículo fabricadas entre novembro de 2023 e 27 de fevereiro de 2024.
A falha foi atribuída ao uso de um adesivo estrutural inadequado, que será substituído gratuitamente por um novo sistema de fixação reforçado. Segundo a Tesla, o painel externo da SUV pode se desprender completamente ou gerar ruídos dentro do veículo antes de se soltar.
A montadora especializada em motores elétricos afirmou que passará a implementar a correção nos veículos em produção a partir desta sexta-feira e garantiu que todas as unidades ainda em estoque serão reparadas antes da entrega. A empresa já recebeu 151 reclamações de garantia relacionadas ao defeito no carro. Em 2024, 1,79 milhão de unidades do veículo foram vendidas.
Problemas no Cybertruck
Apresentado pela primeira vez no final de 2019, a picape Cybertruck tinha como objetivo ser o modelo mais revolucionário da montadora de Musk. No entanto, o projeto teve vários problemas ao longo do seu tempo de desenvolvimento e entrega.
Este é o oitavo recall do Cybertruck desde janeiro do ano passado e mais um revés para a Tesla, que enfrenta desafios como concorrência em ascensão, as críticas à liderança de Musk e a desvalorização de quase 50% de suas ações neste ano.
A queda pode ser uma reação negativa dos consumidores às interferências de Musk em assuntos políticos europeus e de seu papel como conselheiro sênior do governo de Donald Trump, que o encarregou de cortar enxugar a máquina pública — incluindo através do fechamento do programa de assistência humanitária internacional, USaid, e demissões em massa em agências federais.
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