Há dois meses, quando decidiu convocar eleições antecipadas, a primeira-ministra britânica, Theresa May, do Partido Conservador, já tinha a maioria absoluta das cadeiras do Parlamento.
Ela esperava ampliar a vantagem para o segundo partido mais forte, o Trabalhista, e, com isso, garantir um mandato indiscutível para negociar o divórcio da União Europeia (UE) em termos duros, incluindo a saída do mercado único e o fim da livre entrada de cidadãos europeus no país.
May também tinha prometido levar para avaliação do Parlamento inglês o acordo final de saída da UE antes de encaminhá-lo ao Parlamento Europeu.
A aposta, porém, provou-se um tiro no próprio sapato escarpin.
Nas eleições realizadas na quinta-feira, 8, os conservadores conquistaram 318 cadeiras, doze a menos do que tinham, e perderam a maioria absoluta.
Foi um desastre para May, que viu destroçado seu capital político e corre o risco de ser apeada precocemente do cargo que ocupa há um ano. A derrota ainda embaralha as tensas negociações do Brexit.
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