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‘Todas as nações têm o dever de agir’ contra o Irã, diz Trump na ONU

Na Assembleia-Geral, presidente dos EUA ainda reforçou sua posição anti-globalização: 'futuro não pertence aos globalistas, mas aos patriotas'

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 set 2019, 12h43 - Publicado em 24 set 2019, 12h16
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  • Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta terça-feira, 24, em Nova York, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou sua posição dura em relação ao Irã e convocou todas as nações do mundo a tomarem posição para impedir que o regime desenvolva armas nucleares. “Todas as nações têm o dever de agir”, disse.

    “Nenhum governo responsável deveria satisfazer o desejo de sangue do Irã”, afirmou. “Enquanto o comportamento ameaçador do Irã continuar, as sanções não serão levantadas. Elas serão reforçadas”.

    Teerã e Washington estão atualmente envolvidos em um grande conflito, depois que drones atacaram duas refinarias da estatal petrolífera Saudi Aramco na semana passada. O ataque foi reivindicado pelos rebeldes houthis do Iêmen, mas os Estados Unidos e a Arábia Saudita culpam Teerã.

    Trump, contudo, falou em “abraçar uma amizade” com todas as nações que “buscam genuinamente a paz” e afirmou que os Estados Unidos “nunca acreditaram em inimigos permanentes”.

    “Os Estados Unidos não querem conflito com nenhuma outra nação, mas eu nunca falharei em defender os interesses americanos”, disse.

    O discurso do presidente dos Estados Unidos, como de hábito, foi o segundo, após o do Brasil, feito por Jair Bolsonaro. Em um pronunciamento de mais de 30 minutos, o líder americano ainda reforçou sua posição anti-globalização e destacou a importância da soberania e do patriotismo. “O futuro não pertence aos globalistas. O futuro pertence aos patriotas”, disse.

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    Trump afirmou que “o mundo livre” deve proteger a sua estrutura nacional, e não tentar substituí-la. “Se querem liberdade, mostrem orgulho pelo seu país”, afirmou o governante americano.

    Trump ainda dedicou boa parte do seu pronunciamento à guerra comercial com a China, à imigração ilegal nos Estados Unidos, ao incentivo de direitos como liberdade de expressão e religião, fim da homofobia e sexismo e à crítica ao regime venezuelano.

    Imigração

    Sobre a entrada de imigrantes em seu país, manteve sua posição dura e disse que a entrada em massa de estrangeiros em território americano é “injusta, insegura e insustentável para todos os envolvidos”.

    Trump quis ainda passar uma mensagem para os ativistas de todo o mundo que defendem uma política de “fronteiras abertas” pelos Estados Unidos: “Suas politicas não são justas, elas são cruéis e perversas”, disse, afirmando que muitos imigrantes sofrem abusos e explorações nas mãos de traficantes de pessoas.

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    Citando a imigração ilegal como um dos desafios “mais críticos” do mundo, acusou os defensores da liberdade de movimento dos migrantes de estarem ajudando os traficantes de pessoas e redes criminosas.

    “Não paguem os traficantes e os coiotes. Não se coloquem em perigo, não coloquem sues filhos em perigo”, disse, se dirigindo diretamente àqueles que pretendem imigrar aos Estados Unidos. “Porque se vocês chegarem até aqui, vocês não poderão entrar. Enquanto eu for presidente dos EUA, nós protegeremos nossas fronteiras”, disse, de maneira dura.

    China

    Trump também fez duras críticas à China por suas práticas comerciais. Segundo o presidente americano, os “abusos” de Pequim foram “ignorados” ou “encorajados” por anos.

    O americano pediu ainda “mudanças drásticas” na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas afirmou que vem buscando uma solução com os chineses para a atual situação de guerra comercial. “Mas como já deixei muito claro, não aceitarei um acordo ruim para os americanos”, afirmou.

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    O americano ainda afirmou que monitora de perto a situação de Hong Kong, onde manifestações a favor de mais democracia e independência em relação à Pequim tomam as ruas a meses. “Como a China escolherá lidar com a situação dirá muito sobre seu papel no mundo no futuro”, disse.

    Ainda em relação ao comércio, renovou seu compromisso com uma “magnífico acordo” com os britânicos, que se preparam para deixar a União Europeia.

    “Estamos trabalhando estreitamente com o primeiro-ministro Boris Johnson em um magnífico acordo comercial”, garantiu na ONU.

    Venezuela

    Trump ainda usou o “pesadelo” vivido pela Venezuela para fazer críticas ao socialismo. O americano disse que seu país monitora de perto e vem prestando assistência à nação sul-americana que vive sob o regime de Nicolás Maduro.

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    “O ditador Maduro é um fantoche cubano”, disse sobre o presidente, que teve sua eleição em maio do ano passado contestada por grande parte da comunidade internacional.

    Enquanto o americano dirigia duras críticas à Venezuela, Cuba e outros regimes socialistas, a delegada que representava o governo venezuelano na Assembleia-Geral mostrou grande descontentamento com suas palavras e abriu um livro sobre Simón Bolívar, considerado um herói revolucionário pelos seguidores do chavismo. A diplomata passou o restante do discurso de Trump lendo.

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