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Três parlamentares deixam o partido de Theresa May

Elas anunciaram que irão se unir ao Grupo Independente, movimento fundado por trabalhistas que abandonaram o partido de oposição

Por Da Redação
20 fev 2019, 11h42

Três parlamentares a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia deixaram o Partido Conservador britânico nesta quarta-feira, 20. Eles afirmaram que irão se juntar ao chamado Grupo Independente, uma dissidência que surgiu na última semana e é formada por políticos insatisfeitos com a condução do acordo do Brexit.

A saída de Heidi Allen, Anna Soubry e Sarah Wollaston é mais uma derrota para a primeira-ministra Theresa May, que tenta unir seu partido em torno de seus planos para o Brexit no próximo dia 29 de março. Em comunicado, as legisladoras disseram que a decisão foi motivada “pelo manejo desastroso do governo” em relação ao fim da aliança com o bloco.

“Nós não sentimos que podemos permanecer em um partido com políticas e prioridades tão alinhadas com o ERG e o DUP”, afirmaram os ex-conservadores, se referindo ao grupo de legisladores pró-Brexit e ao Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte, que apoia as opiniões do governo britânico sobre seu território e a polêmica questão da fronteira com a República da Irlanda.

Em resposta, May disse estar triste com a decisão dos parlamentares mas reafirmou que está fazendo o melhor pelo Reino Unido. “Quando implementamos a decisão do povo britânico estamos fazendo a coisa certa para o nosso país. E assim, podemos seguir rumo a um futuro melhor”, declarou por meio de um comunicado, pouco antes de ir ao Parlamento responder perguntas.

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As dissidências partidárias começaram no início desta semana, quando sete parlamentares do Partido Trabalhista anunciaram um novo movimento, o Grupo Independente, se dizendo frustrados com as estratégias políticas e acusando o líder da oposição, Jeremy Corbyn, de antissemitismo.

Na terça-feira 19, outro político trabalhista se juntou a seus colegas e a expectativa é de que mais parlamentares, tanto da oposição quanto do partido governista, assumam mandatos independentes. As renúncias ameaçam a tradicional divisão bipartidária do poder britânico.

Os apoios perdidos pela primeira-ministra podem enfraquecer ainda mais seu poder de negociação. Ainda nesta quarta-feira May irá a Bruxelas para um encontro com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em que tentará abrir margem para futuras revisões de seu acordo.

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Ela tem apenas 37 dias para tentar resolver os impasses antes do Brexit, a maior mudança econômica do Reino Unido em mais de 40 anos. Seu acordo sofreu uma derrota mês passado com a oposição dos dois lados do Parlamento, que disseram que a oferta oferecia o pior dos mundos. A crise das dissidências se junta às moções de desconfiança e inúmeras acareações que desafiam May depois de quase dois anos de discussões em torno da saída do bloco econômico.

(com Reuters) 

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