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Tribunal espanhol intima esposa do premiê por acusações de corrupção

Begoña Gomez foi convocada para audiência com juiz num caso que seu marido, o premiê Pedro Sánchez, qualificou de 'assédio político'

Por Da Redação
4 jun 2024, 11h44

Nesta terça-feira, 4, um tribunal de Madri convocou Begoña Gomez, mulher do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, para comparecer a uma audiência com um juiz no dia 5 de julho, devido a um inquérito contra ela por acusações de corrupção e tráfico de influência. O premiê qualificou o caso como um “assédio político” orquestrado por oponentes de direita e chegou a considerar deixar o posto em abril em revolta à suposta perseguição contra a esposa.

O tribunal de investigações na capital espanhola fez a intimação após o juiz rejeitar uma apelação do Ministério Público de Madri para arquivar o caso por falta de provas. Gomez foi denunciada pelo Manos Limpias (Mãos Limpas), um grupo ativista cujo líder tem ligações com a extrema direita.

“Operação de assédio”

Em reação ao início da investigação, o esquerdista Sánchez publicou uma carta dizendo que a queixa do Manos Limpias se baseava em “supostas reportagens” de sites de notícias cujas tendências políticas ele descreveu como “abertamente de direita e extrema direita”. Ele acrescentou que a esposa “defenderá a sua honra e cooperará com o sistema de justiça” para esclarecer fatos “tão escandalosos na aparência quanto inexistentes”. Após um hiato de cinco dias nos compromissos públicos em abril, ele decidiu permanecer no cargo.

Sánchez acusou os seus adversários políticos – principalmente Alberto Núñez Feijóo, líder do conservador Partido Popular (PP), e Santiago Abascal, líder do partido de extrema direita Vox – de “colaborar com uma galáxia digital de extrema direita e com o Manos Limpias”. Segundo ele, seus opositores lançaram uma infundada “operação de assédio e intimidação por terra, ar e mar”, atacando sua esposa com objetivo de provocar o seu “colapso pessoal e político”.

A acusação

As acusações contra Gomez nasceram de queixa privada do Mãos Limpas, liderado por Miguel Bernad, um advogado e político que é candidato de um partido de extrema direita nas eleições ao Parlamento Europeu.

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O grupo alegou que ela usou sua influência como esposa do primeiro-ministro para conseguir patrocinadores para um curso de mestrado universitário que ela coordenava. Gomez não fez declarações públicas desde que o tribunal abriu a investigação.

Terremoto Milei

O caso gerou repercussão internacional. No mês passado, a Espanha chamou de volta a sua embaixadora em Buenos Aires depois do presidente da Argentina, Javier Milei, chamar Gomez de “corrupta” durante um evento da extrema direita em Madri.

A Argentina manteve seu embaixador na Espanha.

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