Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Tribunal Supremo da Venezuela assume funções do Congresso

Parlamentares denunciam o caráter ditatorial do governo e pedem mobilizações nas ruas

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h04 - Publicado em 30 mar 2017, 13h27
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional e deputado da coalizão de partidos da oposição (MUD), rasga cópia da sentença proferida pela Corte Suprema da Venezuela, em Caracas, Venezuela - 30/03/2017
    Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional e deputado da coalizão de partidos da oposição (MUD), rasga cópia da sentença proferida pela Corte Suprema da Venezuela, em Caracas, Venezuela - 30/03/2017 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

    O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela advertiu que irá assumir os deveres da Assembleia Nacional por considerar que o Congresso, de maioria opositora, está em “desacato”. A falta de independência entre as instituições no país justifica as denúncias de opositores sobre o caráter ditatorial do regime do presidente Nicolás Maduro.

    Apesar de já ter anulado diversas decisões da Assembleia desde que a oposição conquistou a maioria parlamentar no fim de 2015, o poder Judiciário, controlado por Maduro, ainda não havia assumido diretamente as funções legislativas.

    Na noite de quarta-feira, no entanto, o tribunal autorizou Maduro a criar uma joint venture do setor de petróleo sem autorização dos parlamentares. A decisão termina por oficializar o atropelo de poderes na Venezuela:“Advertimos que enquanto permanecer a situação de desacato e de invalidez das atuações da Assembleia Nacional, esta Sala Constitucional garantirá que as competências parlamentares sejam exercidas por esta Sala ou pelo órgão que ela determinar”, disse o Supremo em uma decisão judicial.

    A disputa se concentra em três parlamentares suspensos por acusações de fraude em votações, que são usados como pretexto para o governo silenciar a oposição durante uma gigantesca crise econômica no país, rico em petróleo.

    Continua após a publicidade

    Ditadura

    A coalizão de oposição Unidade Democrática atacou a decisão do Tribunal Supremo, e vários parlamentares acusaram Maduro de agir como ditador. “Essa decisão inconstitucional que nós rejeitamos… cimenta outro passo no desmantelamento da democracia da Venezuela”, alertou a oposição, em um comunicado. “Esse governo está morrendo, e é por isso que está recorrendo a essas medidas desesperadas.”

    A oposição chamou manifestações de rua e pediu ainda que os militares rompam o silêncio sobre as violações no país. “Na Venezuela, Nicolás Maduro deu um golpe de Estado”, disse o presidente da Casa, Julio Borges.

    De acordo com Borges, as Forças Armadas Revolucionárias da Venezuela (FANB) não estão de acordo com as ações do Executivo e devem assumir a responsabilidade de garantir o caráter democrático do regime.

    Apesar de ter marcado mais uma guinada em direção ao autoritarismo, a medida que provocou a mais recente crise é uma boa notícia para algumas empresas estrangeiras de petróleo na Venezuela, que estavam preocupadas por alertas da oposição de que acordos de investimentos fechados sem a aprovação do Congresso seriam considerados inválidos.

    A petroleira estatal PDVSA recentemente ofereceu uma participação na joint ventura Petropiar à russa Rosneft.

    Continua após a publicidade

    (Com Reuters)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.