Tropas israelenses matam 14 pessoas em operação na Cisjordânia
483 palestinos foram mortos na região desde o início da guerra, afirma Ministério da Saúde da Palestina
As forças israelenses mataram ao menos 14 palestinos durante uma operação na Cisjordânia no sábado, 20, afirmaram autoridades da Palestina. A incursão teve início pela manhã da sexta-feira mirando o campo de Nur Shams, perto da cidade palestina de Tulkarm. A região abriga refugiados e seus descendentes da Primeira Guerra Árabe-israelense, de 1948, que aconteceu durante a criação do Estado de Israel.
As autoridades israelenses afirmaram que suas tropas “eliminaram 10 terroristas” e fizeram oito prisões durante o ataque, e que a incursão foi oficialmente encerrada neste domingo, 21. Já o Ministério da Saúde da Palestina e a agência de notícias palestina Wafa, por outro lado, disseram que pelo menos uma criança e um adolescente foram mortos no ataque, e que as Forças de Defesa de Israel (IDF) prenderam jovens e destruíram infraestruturas cruciais da região.
A Cisjordânia é um território palestino de menos de 6 mil km² – do tamanho do Distrito Federal, mas, ainda assim, a maior área do Estado Palestino. Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, concentrada na Faixa de Gaza, a violência também se multiplicou nesta região. Segundo o Ministério da Saúde, 483 palestinos foram mortos por colonos ou soldados israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde 7 de outubro. Neste sábado, colonos mataram um motorista de ambulância que tentava transportar dois palestinos feridos, segundo informações da Crescente Vermelha da Palestina.
Números da guerra em Gaza
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde da Palestina deste domingo contam pelo menos 34.097 pessoas mortas e 76.980 foram feridas em Gaza desde 7 de outubro, início da guerra. O balanço inclui pelo menos 48 mortes nas últimas 24 horas.