Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Tropas rebeldes estão prestes a tomar Trípoli, na Líbia

Dividido desde a queda de Muamar Khadafi, em 2011, país está à beira de um novo conflito armado; ONU pede diálogo, calma e prudência

Por Da redação
Atualizado em 4 abr 2019, 21h43 - Publicado em 4 abr 2019, 21h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • As forças do Exército Nacional da Líbia (ANL), leais ao marechal Khalifa Haftar, estão a apenas 27 quilômetros de Trípoli. A tomada do Governo de União Nacional (GNA), atualmente conduzido com apoio internacional, é iminente. Desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, Haftar controla a porção leste do país.

    “Chegou a hora”, disse o marechal em mensagem de áudio na página do Facebook de seu Exército Nacional Líbio (ANL).

    O ANL deve “limpar o oeste” da Líbia, inclusive a capital Trípoli, de “terroristas e mercenários”, havia anunciado o marechal rebelde na véspera.

    O comandante de operações militares do ANL na região oeste do país, general Abdesalem al Hassi, confirmou que suas forças assumiram, sem a necessidade de lutar, o controle de um posto de segurança a essa distância de Trípoli.

    O marechal Haftar havia ordenado o avanço de suas tropas sobre capital. As forças leais ao governo asseguravam estar dispostas a deter a ofensiva. Em visita à Líbia, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se “vivamente preocupado” pelo “risco de enfrentamento” armado, em um país em caos desde a queda de Kadhafi.

    Guterres reuniu-se em Trípoli com o líder do GNA, o primeiro-ministro Fayez Sarraj, e fez um apelo “à calma e à prudência”. “Não existe uma solução militar”, reafirmou. “Só o diálogo entre os próprios líbios pode resolver os problemas líbios”.

    Continua após a publicidade

    Devido à escalada, o Reino Unido pediu nesta quinta-feira, 4, uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre a Líbia, informaram fontes diplomáticas. A reunião deve ocorrer na sexta-feira, 5. Estados Unidos, França, Reino Unido e Emirados Árabes haviam pedido a todas as partes envolvidas na Líbia a redução das tensões, depois que o marechal líbio ordenou o avanço de suas tropas.

    “Neste momento delicado da transição na Líbia, a postura militar e as ameaças de ações unilaterais só fazem aumentar o risco de a Líbia voltar a mergulhar no caos”, indicaram os governos destes quatro países, em um comunicado difundido pelo Departamento de Estado, em Washington.

    Guerra à vista

    Poderosos grupos armados da cidade de Misrata, que estão a caminho de Trípoli e são leais ao Governo de União Nacional (GNA), se declararam “dispostos” a frear o avanço das tropas de Khalifa Haftar. O ministério do Interior do GNA decretou “estado de alerta máximo” e ordenou a todos os seus órgãos e unidades de segurança “enfrentar com força e firmeza qualquer tentativa de ameaça contra a segurança da capital”.

    Duas autoridades disputam há anos o poder na Líbia: no oeste do país, o GNA, estabelecido no final de 2015, mediante um acordo patrocinado pela ONU e com sede em Trípoli; no leste, a autoridade rival do Exército Nacional Líbio (ANL), do marechal Haftar.

    Continua após a publicidade

    Os combatentes de Misrata “estão dispostos a (…) frear o maldito avanço” das forças do marechal rebelde, informou um comunicado cuja veracidade foi confirmada pelo chefe do Conselho Militar de Misrata, general Ibrahim Ben Rajab.

    Os soldados, diz o texto, pediram a Sarraj que dê “ordens imediatas” aos comandantes das forças da região ocidental “para enfrentar este rebelde”. “Se (Sarraj) se abstiver de fazê-lo imediatamente (…), será suspeito de cumplicidade com Haftar”, acrescentaram estas forças pró-governamentais.

    Segundo testemunhas e fontes militares, um comboio do ANL chegou a Gharyan, a 100 quilômetros de Trípoli. O general Hassi informou que  suas tropas entraram na cidade sem disparar um tiro. Mas pelo menos quatro fontes da cidade negaram esta afirmação, e uma autoridade local explicou que estava negociando “para evitar um confronto” entre as milícias rivais que dividem a cidade.

    O ANL se impôs como um ator-chave no complexo cenário militar líbio. Em janeiro, já tinha lançado uma ofensiva contra o sul da Líbia, com o propósito de limpar esta zona, rica em hidrocarbonetos, de “terroristas” e “criminosos”.

    Continua após a publicidade

    Haftar e Sarraj concordaram no ano passado em realizar eleições gerais, que acabaram não acontecendo.

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.