Em um encontro com líderes evangélicos na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou para a possibilidade de, caso os republicanos percam controle do Congresso nas eleições de meio de mandato, os democratas implantarem mudanças “rápida e violentamente”.
Durante o evento na segunda-feira 27, Trump disse que “tudo” está em jogo em sua agenda conservadora, caso o partido perca em novembro, de acordo com uma gravação de áudio da reunião obtida pelo jornal The New York Times e divulgada nesta terça-feira 28.
Os democratas “vão revirar tudo que fizemos e vão fazer isso rápida e violentamente”, frisou Trump, de acordo com a matéria. “Vão acabar com tudo imediatamente”, insistiu.
“Quando você olha para o Antifa”, acrescentou, referindo-se aos grupos antifacistas de esquerda, “e você olha para alguns desses grupos, são pessoas violentas.”
O jornal consultou o porta-voz da Casa Branca Hogan Gidley, que não quis comentar as declarações do presidente. Não foi a primeira vez que Trump alertou para a violência, caso as coisas não transcorressem do jeito dele.
Na campanha eleitoral de 2016, o magnata nova-iorquino chegou a afirmar que seus eleitores reagiriam violentamente, se ele não vencesse as primárias republicanas. “Acho que haveria tumultos”, advertiu Trump na época.
Segundo relatado no New York Times, os repórteres foram autorizados a acompanhar alguns breves comentários de Trump durante a reunião de segunda e o ouviram falar sobre aborto, liberdade religiosa e desemprego entre os jovens.
Depois que a imprensa foi retirada do recinto, porém, Trump mudou de assunto e fez sugestões de como os líderes evangélicos podem ajudar os republicanos a vencer em novembro.
“Apenas peço a vocês para saírem e garantir que todo seu pessoal vote”, afirmou.
“Porque, se eles não votarem — é 6 de novembro —, se eles não votarem, vamos ter dois anos miseráveis e vamos ter, sinceramente, um período de tempo muito difícil, porque, aí, só tem uma eleição. Estaremos a uma eleição de perder tudo que temos”, advertiu.
(Com AFP)