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Trump ameaça banir estudantes estrangeiros de Harvard

Universidade se recusa a atender exigências da Casa Branca sobre combate ao antissemitismo e sofre retaliações do governo

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 abr 2025, 12h12 - Publicado em 17 abr 2025, 12h11

O governo dos Estados Unidos ameaçou Harvard com a revogação do direito de aceitar estudantes estrangeiros, caso a universidade siga recusando as exigências da Casa Branca.

A pressão foi oficializada nesta quarta-feira, 15, por meio de uma carta da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que cobrou relatórios sobre supostas “atividades ilegais e violentas” de alunos internacionais e alertou que a universidade será colocada sob supervisão federal.

A ofensiva é parte de uma cruzada mais ampla de Trump contra o ensino superior, especialmente universidades com histórico de protestos pró-palestinos.

A Casa Branca pressiona instituições de ensino a alterar políticas de contratação, admissão e currículo sob o pretexto de combater o antissemitismo.

Harvard já havia feito ajustes internos, mas rejeitou a nova rodada de demandas, classificando-as como tentativa de interferência ideológica.

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Mais de 27% dos alunos da universidade vêm do exterior. Se Harvard perder a autorização para recebê-los, o impacto acadêmico e financeiro será profundo.

A instituição já teve cerca de US$ 2,2 bilhões em verbas federais congelados e está sob ameaça de perder sua isenção fiscal – benefício que representa milhões de dólares por ano.

Em comunicado à comunidade acadêmica, o reitor Alan Garber disse que Harvard não abrirá mão de sua independência e reafirmou o compromisso com os princípios constitucionais.

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A universidade considera que a exigência de monitoramento de estudantes estrangeiros fere a liberdade intelectual.

Trump tem usado sua plataforma Truth Social para atacar a instituição, chamando-a de “piada” e dizendo que Harvard “ensina ódio e estupidez”. A retórica se alinha ao discurso eleitoral do ex-presidente, que acusa o ensino superior de promover uma agenda progressista contrária aos valores conservadores.

O ataque a Harvard não é isolado. A Universidade de Columbia cedeu à pressão do governo após perder US$ 400 milhões em repasses, concordando com mudanças internas e a revisão de departamentos ligados ao Oriente Médio.

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Harvard, até agora, tem resistido – mesmo após afastar líderes de seu Centro de Estudos do Oriente Médio –, e se recusa a cumprir a nova lista de exigências, assumindo o risco de mais retaliações.

 

 

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